D+ Titulo Até o chão
Carol Macedo fala sobre Solange
Bruna Gonçalves
Do Diário do Grande ABC
01/01/2012 | 07:00
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Divulgação


Quem vê Solange arrasando no funk em Fina Estampa, da Globo, não imagina que sua intérprete, Carol Macedo, 18 anos, é o oposto. Tímida e nada ousada, a atriz encarou de frente o desafio de interpretar a espivetada personagem. Apesar de diferentes, ela a admira. "Tem vontade de lutar pelo seu sonho, que é se tornar cantora de funk reconhecida. Também espero que fique com Daniel (Guilherme Boury)."

Para dar vida a Sol, a atriz ganhou massa muscular e passou dos 46 kg para 55 kg. "Com a ajuda de um personal e controle na alimentação, mudei o corpo em três meses. O problema foi tirar o pão." Carol também teve de pesquisar bastante sobre funk. "Conhecia o básico. Busquei informações sobre música, lugares e roupas. Também aprendi a dançar. Acho a batida gostosa." A atriz acredita que o preconceito diminuiu, já que as pessoas parecem mais esclarecidas. "O ritmo está em todas as classes sociais. É movimento brasileiro."

Outro tema vivido pela personagem é o conflito com o pai. Carol acredita que Baltazar exagera na proteção. "É situação até comum em algumas casas, mas não acho nada certo. Agora decidiu apostar nela, porque viu que dá dinheiro e tem talento", enfatiza a atriz. Para Carol, a relação precisa estar na medida certa. "Meus pais sempre me protegeram e me educaram, mas nunca desta forma. Tudo tem limite."

PERSISTENTE - Assim como Solange, Carol Macedo também lutou muito para conquistar o sonho de se tornar atriz. Ela começou a se preparar a partir dos 7 anos, quando entrou em agência de modelo, fez o primeiro comercial com texto e se inscreveu no teatro. Depois de dez anos, conseguiu o primeiro papel como Kelly na novela Passione, da Globo, em 2010. No mesmo ano, fez o filme Lula, o Filho do Brasil.

Para Carol, o mais bacana da profissão é a diversidade de personagens. "É gostoso poder mostrar capacidade para interpretar várias pessoas e levantar temas para serem discutidos." Bem diferente da sua personagem atual, Kelly de Passione era meiga e romântica. Vivia com a avó que a manipulava e a vendia para homens. "A trama era forte e real. Fiquei feliz de poder mostrar que isso acontece, muitas vezes, na casa ao lado." É por essas e outras que a atriz se sente realizada. "Abordar dois temas fortes em duas novelas do horário nobre? Não poderia ser melhor! Quero estudar cada vez mais para ganhar personalidades fortes como essas."

Com a fama a exposição é inevitável, mas a atriz garante que consegue levar e ouvir tudo numa boa. "Críticas existem mesmo e, se são sobre o personagem e sobre meu trabalho, são bem-vindas. Mas, em geral, infelizmente a mídia não apresenta apenas críticas construtivas."




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