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Região terá mais 2 escolas de período integral neste ano

EE Papa Paulo VI, na Vila Linda, e EE Dr. Carlos Garcia, no Camilópolis, ambas em Santo André, iniciam as aulas no novo modelo em fevereiro

Por Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
21/01/2015 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


A EE Papa Paulo VI, na Vila Linda, e a EE Doutor Carlos Garcia, no bairro Camilópolis, ambas em Santo André, passarão a oferecer ensino integral a partir do dia 2 de fevereiro. A primeira unidade, que terá os alunos do Ensino Médio beneficiados, integra lista com outras 74 do Estado que participam da expansão do modelo, conforme anúncio feito na manhã de ontem pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o secretário estadual da Educação, Herman Voorwald. Já a segunda será beneficiada no primeiro ciclo do Ensino Fundamental (leia mais ao lado).

A EE Papa Paulo VI é a segunda da região a contar com a modalidade, na qual os alunos passam nove horas no ambiente escolar – 7h30 às 16h30. O projeto contempla nove aulas por dia e, além das disciplinas previstas por lei, há orientação nos estudos, preparação acadêmica para o mercado de trabalho e uma matéria eletiva sobre temas diversos por semestre. A pioneira da modalidade na região é a EE Jardim Riviera, também em Santo André, uma das 16 unidades do Estado que aderiram ao programa em 2012.

“Estamos dando mais um grande passo. É bom para o professor, bom para o estudante e bom para a Educação. Para um aluno que estuda quatro anos por quatro horas por dia, estudar uma hora a mais por dia equivale a um ano de estudo”, ressalta o governador.

No Estado todo serão 493 escolas que vão atender 130 mil alunos. O número é 64% maior que o registrado em 2012, quando foram 79 mil beneficiados. A meta do governo é atingir 1.000 unidades até 2018. Na região, o número de instituições com a jornada ampliada chega a 33, incluindo os dois níveis do Fundamental e Médio.

Outro diferencial do modelo de tempo integral é o fato de professores receberem gratificação de 75% sobre o salário-base devido à dedicação exclusiva. Conforme explica Voorwald, o processo de expansão tem de ser feito de maneira cautelosa, principalmente porque concorre com a questão da carreira dos educadores. “Para se dedicar ao modelo, os docentes têm de abrir mão de outros vínculos e a maior parte dos professores hoje tem dois ou três cargos”, diz. O piso salarial da categoria é de R$ 2.415,89 por jornada de 40 horas semanais.

A dirigente regional de ensino de Santo André, Ariane Aparecida Butrico, comemora o ganho para a rede estadual na cidade e para os cerca de 250 alunos beneficiados. “É uma região periférica de Santo André, assim como no caso do Jardim Riviera. Vamos atender estudantes de toda aquela área, como Vila Helena, Jardim Alvorada, Jardim Las Vegas.”

Segundo Ariane, após consulta da comunidade, os pais concordaram em remanejar os jovens do Ensino Fundamental para escolas vizinhas para que o prédio sofresse as intervenções necessárias para receber o programa. O investimento com as reformas varia entre R$ 300 mil e R$ 500 mil, dependendo do tamanho da unidade, segundo Voorwald.

O Ensino Médio é hoje o principal foco de preocupação do País. O problema ficou evidente com a divulgação do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) no segundo semestre de 2014. No Estado, a nota caiu de 3,9 para 3,7 entre 2011 e 2013.

JARDIM RIVIERA

A escola abriu as portas em 2012, com 220 alunos que migraram da EE João Baptista Marigo Martins, ao lado, e hoje atende 328 adolescentes. A primeira turma de formados é composta por 39 estudantes, sendo que cinco deles foram aprovados em vestibular de universidades públicas.

Cidade recebe piloto do sistema para primeiro ciclo do Fundamental

A EE Doutor Carlos Garcia, no bairro Camilópolis, em Santo André, integra lista com as primeiras 17 escolas do Estado que ofertarão ensino em tempo integral para alunos do primeiro ciclo do Fundamental (1º ao 5º ano) a partir deste ano. A promessa é que o benefício seja ampliado de forma gradativa para todas as 1.600 unidades que atendem essa faixa etária até 2020.

Neste caso, os estudantes, com idade entre 6 e 11 anos, passarão oito horas e meia na escola (hoje ficam cinco) e terão a rotina e conteúdo pedagógico diversificados. Além das aulas que fazem parte da base nacional comum, serão inclusas disciplinas como Linguagens Artísticas, Práticas Laboratoriais, Cultura do Movimento e Inglês.

A unidade passou por obras no valor de R$ 243 mil para se adequar ao projeto. Foram realizadas melhorias nas instalações elétricas, salas de vídeo, jogos, informática e de recursos, além de pintura e adequação da biblioteca e das 16 salas de aula.

A escola recebeu nota 6,2 no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) em 2013, acima da meta projetada (6) e do desempenho registrado em 2011 – 5,8.  




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