A presidente Dilma Rousseff (PT) manteve Arthur Chioro (PT) à frente do Ministério da Saúde. Terminado anúncio da reforma ministerial, o petista é o único nome ligado ao Grande ABC a figurar no primeiro escalão do governo federal para segundo mandato da chefe da Nação.

Ontem, Dilma divulgou lista com 14 nomes. Há a manutenção de 13 – entre eles Chioro – e a indicação de Mauro Luiz Iecker Vieira, atual embaixador do Brasil em Washington, nos Estados Unidos, para o Ministério das Relações Exteriores.

A continuidade de Chioro na Pasta da Saúde adiciona credenciais políticas para que ele esteja nas urnas em 2016, em eleição municipal. Filiado ao PT de Santos, no Litoral, o ministro é nome ventilado pelo petismo para tentar impedir a reeleição do prefeito santista Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) e reerguer o partido na cidade.

Mas há quem defenda que Chioro seja o candidato do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), para sucessão no maior município do Grande ABC. Para isso, além de transferir seu título de eleitor até outubro deste ano, precisaria brigar contra o deputado estadual eleito Luiz Fernando Teixeira e o secretário de Serviços Urbanos, Tarcísio Secoli, pela indicação do prefeito e do diretório do PT local.

Chioro foi escolhido ministro da Saúde em janeiro, em substituição a Alexandre Padilha (PT), pinçado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para disputar a eleição ao governo do Estado no ano passado. Derrotado, ele não retornará ao governo federal e deve ser integrado à equipe do Instituto Lula, em São Paulo.

FORÇA
A manutenção de José Eduardo Cardozo como ministro da Justiça aumenta a possibilidade de extensão do trabalho de Regina Miki, ex-secretária de Defesa Social em Diadema, na Secretaria Nacional de Segurança Pública.

Ex-secretários de Santo André, Miriam Belchior (PT) e Gilberto Carvalho (PT) foram retirados do primeiro escalão do governo Dilma e têm futuro incerto.