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Lauro tem dificuldade em repor secretário de Assuntos Jurídicos

Prefeito de Diadema sonda três, mas ouve negativa para substituir Fernando Machado, que chefiará Gabinete

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
23/04/2014 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), tem encontrado dificuldade em achar substituto de Fernando Moreira Machado na Secretaria de Assuntos Jurídicos. Nomes sondados pelo alto escalão do governo não manifestaram interesse em ocupar a cadeira de Fernando, que será chefe de Gabinete em minirreforma a ser promovida pelo verde para as próximas semanas.

Três advogados foram especulados para a vaga: Maria Marlene Machado, ex-presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do município, Cleusa Aparecida da Costa, atual procuradora-chefe do município, e Roberto Viola, ex-secretário na gestão de Gilson Menezes (PSB). Marlene e Cleusa teriam declinado do convite extraoficial.

Atual assistente da chefia de Gabinete, Viola é o preferido do prefeito, mas não conta com simpatia de integrantes do grupo político que lidera o Paço. Além disso, teria comentado com procuradores municipais que só assumiria a função de maneira interina.

O Diário antecipou ontem que a saída de Fernando Moreira Machado da Pasta de Finanças é apenas uma das três alterações em curso na Prefeitura de Diadema. As outras duas são a saída de Francisco José Rocha da chefia de Gabinete para liderar definitivamente a Secretaria de Planejamento e Orçamento e a demissão de Gilberto Moura, o Giba, do departamento de Cultura.

A vaga de Giba também tem causado dor de cabeça a Lauro. Ele ofereceu o posto ao ex-vereador Laércio Soares (PCdoB), que optou por continuar como assessor especial e manter-se na articulação do governo com a Câmara. Cogita-se nos bastidores do Executivo que a Pasta será comandada por indicação do PCdoB, mas o martelo não foi batido.

Desde o começo da gestão, o verde reclama que o salário da Prefeitura de Diadema não atrai profissionais capacitados ao secretariado municipal. Atualmente, cada titular de Pasta recebe R$ 9.869 (brutos) mensais, quantia considerada insuficiente pelo chefe do Executivo para montagem de quadro técnico para administrar o município.

Antes de assumir o Paço, em janeiro de 2013, Lauro articulou na Câmara a aprovação de projeto de lei para aumentar em R$ 2.000 o contracheque do primeiro escalão. À ocasião, ainda sem ter o controle do Legislativo, viu a proposta sequer ir para votação, sendo travada ainda nas comissões.

Das maiores cidades da região, Diadema paga menos a gestores de Pastas. Cada secretário em São Bernardo recebe, por mês, R$ 18,1 mil – maior vencimento do Grande ABC. Os de Santo André ganham R$ 12,7 mil, os de São Caetano, R$ 19 mil, e os de Mauá, R$ 12 mil.




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