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Falta de água gera gasto extra em condomínio residencial

Moradores de conjunto no Parque Erasmo Assunção recorrem a caminhões-pipa

Por Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
24/01/2014 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


Para enfrentar o problema constante de falta d’água e não ficar com as torneiras secas, moradores de condomínio residencial no Parque Erasmo Assunção, em Santo André, terão de arcar com despesas extras. Isso porque é recorrente a necessidade de contratar o serviço de compra de água potável via caminhões-pipa para suprir a demanda.

Desde que se mudaram para o Condomínio Vida Plena Santo André, há cinco anos, os cerca de 600 condôminos do local aprenderam a conviver com a falta d’água e, com isso, a economizar. No entanto, com o problema intensificado neste verão, a solução imediata foi recorrer à compra de água potável. Apenas nesta semana já foram dez caminhões-pipa, com custo total de R$ 10 mil.

“Se fizermos uma conta rápida, chegamos à conclusão de que de dezembro para cá não tivemos nem 180 horas de abastecimento”, reclama o síndico do condomínio há um ano e dois meses, Paulo Chiarioni, 32 anos. Segundo ele, o problema chegou a persistir por até 36 horas.

Uma das pessoas que precisaram mudar a rotina mediante o desabastecimento constante foi o metalúrgico aposentado Laurindo Frassato, 85. Tanto que passou a lavar suas roupas à noite, após às 22h, momento em que há água na rua. “O que me deixa mais indignado é que a conta continua vindo com o mesmo valor”, diz.

Como forma de protesto, a população do bairro passou a pendurar faixas pelas ruas, denunciando o problema e cobrando solução.

O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) admitiu que o setor de abastecimento Erasmo Assunção é um dos mais afetados com a falta de água da cidade.

Segundo a autarquia, a água enviada para os reservatórios durante a noite e a madrugada não consegue alcançar a capacidade total de reservação. Com isso, cria-se um ciclo: o pouco líquido que ficou reservado é utilizado na sua totalidade até o meio do dia, período em que os moradores se preparam para ir ao trabalho e, em consequência, a água que é enviada no restante do dia não chega a ser reservada, pois a necessidade de consumo constante não permite.

O órgão municipal ressalta que a Avenida Jorge Beretta, onde fica o condomínio, está localizada em um dos pontos mais altos do setor, o que também acaba dificultando a chegada da água.

Sem especificar prazos e valores, a autarquia informa que já possui projetos para melhorar a rede de distribuição no local e busca viabilizar economicamente os estudos. 




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