Política Titulo Mudanças
Base de Lauro segura projeto que vai alterar regras na Saúde

Vereadores devem promover adiamentos em
matéria que permitirá ingresso de servidores na Oss

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
23/05/2015 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Depois de conseguir aprovar proposta que terceiriza a gestão da Saúde de Diadema, por meio da contratação da OSs (Organizações Sociais), a base de sustentação do prefeito Lauro Michels (PV) ensaia congelamento da propositura que altera estatuto dos funcionários, cujo teor incide na possibilidade de concursados prestarem serviço nas terceirizadas.

O entrave é que texto necessita da aprovação de dois terços do Legislativo – 14 votos –, e a ala de sustentação de Lauro atualmente é composta por 12 vereadores.

A bancada de oposição entoou discurso empregado pelo Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema) e já anunciou rejeição à matéria.

“Não há como votar em proposta como esta. Será uma depreciação do funcionário público ainda maior, pois, além de ser impositivo, carrega a materialização de perdas de benefícios”, criticou Josa Queiroz (PT).

Presidente de Casa e forte aliado do governo Lauro, José Dourado (PSDB) admitiu que a alteração do estatuto deverá sofrer prorrogação. No entanto, minimizou impacto. “Não existe nenhuma sangria para se aprovar esse projeto. Até é bom que se adie um pouco mais para que possamos dialogar com os servidores e população, que entenderão suas vantagens”, comentou.

Líder do governo, Atevaldo Leitão (PSDB) afirmou que partirá para o debate com os oposicionistas a fim de conseguir os votos necessários. O tucano salientou que é possível conquistar a adesão mínima. “Tenho certeza de que esses vereadores mudarão seu pensamento.”

A matéria seria votada logo após a polêmica análise da terceirização da gestão da Saúde, que, por 11 votos a nove, foi aprovada. Entretanto, Zé Dourado anunciou o adiamento para próxima sessão ordinária, que ocorre na quinta-feira, sob a alegação de muito desgaste, por conta do conflito ocorrido em plenário.

PREJUÍZO
Um dia após as cenas de pancadaria nas dependências da Câmara, que envolveram integrantes do Sindema e da GCM (Guarda Civil Municipal), Dourado relatou que não houve dano ao patrimônio público. “Sem prejuízo considerável, uma vez que o máximo que fizeram foi sujar e arrancar algumas cadeiras que eram fixadas no chão. Não podemos falar que aconteceram danos que custarão aos cofres públicos”, disse.

O chefe do Legislativo buscou minimizar o embate, ressaltando que exaltação presente na Casa faz parte da democracia. “Ali havia pessoas defendendo uma situação e outras o oposto, o que é normal. O papel da oposição é buscar trazer as falhas de uma administração”, justificou.

Tucanos elogiam atuação da GCM; oposicionistas revelam exagero

O presidente da Câmara de Diadema, José Dourado (PSDB), acompanhado do líder do governo, Atevaldo Leitão (PSDB), fizeram discursos elogiosos quanto à atuação dos guardas-civis municipais no episódio de pancadaria na quinta-feira, no confronto com integrantes do Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos), que registrou agressões e disparo de gás de pimenta.

“Eu elogio a forma de condução da GCM, pois não é fácil controlar um ambiente como aquele. Na sessão anterior, eles não estavam e houve invasão por parte da plateia”, afirmou Dourado, referindo-se à sessão do dia 14, quando o plenário foi invadido depois da aprovação do polêmico projeto em primeira votação.

Para Leitão, a GCM “fez o seu papel”, que, segundo ele, era “a proteção do patrimônio público”. “Houve o confronto, mas eles apenas reagiram à nova tentativa de invasão”.
Pela oposição, Josa Queiroz (PT) criticou ação da guarda. “Houve exagero. Podia conter os mais exaltados, mas excedeu um pouco dos limites com abuso de poder”, disse. 




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