Política Titulo Movimentação
Prefeitos cobram cota em escolha de candidaturas tucanas em 2018

Com quatro governos, políticos buscam participar
das discussões de nomes em disputa majoritária

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
04/04/2017 | 07:00
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Montagem/DGABC


Prefeitos do PSDB no Grande ABC cobram ter pela primeira vez voz ativa no processo de escolha dos candidatos tucanos que irão entrar na disputa majoritária ao governo de São Paulo e à Presidência em 2018. Com o comando de quatro governos na região – cenário inédito desde a sua fundação, com as vitórias em Santo André, São Bernardo, São Caetano e Rio Grande da Serra –, os chefes de Executivo do partido, que, juntos, vão administrar R$ 9,6 bilhões no ano, tem buscado marcar território e garantir participação efetiva nas discussões para determinar o nome do tucanato. O debate tende a iniciar neste exercício, mas com decisão próxima do período eleitoral.

Alguns quadros já começam a ser especulados internamente para encabeçar a concorrência, inclusive com citações em pesquisas. O governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), consta como possível pleiteante à sucessão ao Planalto. Por outro lado, o prefeito da Capital, João Doria, tem aparecido com potencial para substituir Alckmin, caso seu mentor político saia desgastado da investigação sobre a lista encaminhada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O pleito ao Estado é outro capítulo à parte. O PSB, do vice-governador Márcio França, tenta arregimentar o apoio do PSDB, só que existe forte resistência – há defesa por nome próprio.

Chefe do Paço de Santo André, Paulo Serra (PSDB) avalia que “chegou a hora do Grande ABC, independentemente de nomes”. “Temos quatro prefeitos, gestões bem avaliadas com ações de destaque. Por isso, a região deve passar por essa escolha. Está cedo para falarmos em nomes, mas sem dúvida que nossa região tem que ser também protagonista neste processo”, pontua, ao acrescentar que o essencial da discussão é a participação do Grande ABC nas definições. Sobre quadros considerados no ninho, o tucano considera que é necessário analisar mais para frente o desempenho das gestões municipais as quais foram eleitos.

O tucanato regional nunca emplacou quadro nas chapas majoritárias. O chefe do Executivo de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), foi citado em levantamento recente do Instituto Paraná Pesquisas – apresentou 1,9% em cenário com Doria na liderança na sondagem ao governo estadual. Desde 2002, Alckmin e Serra se revezam na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.

Ex-secretário de Esportes do Estado, o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB) afirma que o reforço na região auxilia neste processo por peso no debate. “É força grande que temos hoje. Aumenta nosso protagonismo, que já tínhamos. Temos papel importante, de destaque (no País)”, diz, citando que a “crise institucional grave” no Brasil empurra o afunilamento ao ano que vem.

Gabriel Maranhão (PSDB), gestor da Prefeitura de Rio Grande da Serra, endossa as palavras dos correligionários e alega que a região possui envergadura para brigar por esse espaço. “São 2,7 milhões de habitantes, economia pujante. O Grande ABC precisa ser ouvido. A onda azul estourou por aqui. Foram votos importantes no PSDB, que fortalecem.”

Morando não foi localizado para comentar a situação.  




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