Economia Titulo Crédito
BNDES deve liberar R$ 157 bi, diz Lula
24/10/2009 | 07:00
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o volume de financiamentos contratados a ser liberado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) neste ano deverá atingir R$ 157 bilhões, o que equivale a quase quatro vezes os R$ 40 bilhões liberados em 2004.

Segundo Lula, os dados foram apresentados a ele pelo presidente do banco, Luciano Coutinho. Por sua vez, o dirigente do BNDES afirmou que os desembolsos da instituição este ano somarão entre R$ 120 bilhões e R$ 130 bilhões.

Mais uma vez em defesa dos bancos públicos, Lula afirmou que, neste ano, somente o BB (Banco do Brasil) vai disponibilizar a mesma quantidade de crédito que todo o sistema financeiro nacional colocou na praça em 2003.

O presidente também criticou o comportamento de algumas empresas no auge da crise. "Alguns setores empresariais se acovardaram e pisaram no breque de forma abrupta", disse, durante evento no qual ratificou decisão do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) de antecipar, de 2013 para janeiro de 2010, o início da mistura obrigatória de 5% de biodiesel ao diesel comum.

MÉDIO E LONGO PRAZO - Luciano Coutinho, por sua vez, defendeu que o ano eleitoral é um bom momento para que o País discuta uma agenda econômica "essencial" de médio e longo prazo, relativa ao aumento substancial da poupança interna e dos investimentos.

Ele não se conforma que a FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo) esteja no patamar de 18% do PIB (Produto Interno Bruto), bem distante da marca de 35% a 40% do PIB nações asiáticas, com destaque para a China.

"Precisamos fazer subir a taxa de investimento e de poupança no País para algo próximo a 24% e 25% do PIB, o que é uma taxa que nos daria conforto para crescer sustentadamente 6% ao ano sem inflação", disse.

Na avaliação do presidente do BNDES, o País possui um conjunto de oportunidades de investimento extremamente rentável, de baixo risco, em cinco áreas: petróleo e gás; energia elétrica; logística, transportes e portos; construção civil, especialmente residencial; e agronegócios.




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