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Entorno do Castelão parece canteiro de obras na véspera do confronto

Fortaleza recebe maquiagem um dia antes do primeiro jogo pela Copa das Confederações

Por Anderson Fattori
Enviado a Fortaleza
19/06/2013 | 07:00
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Fortaleza é seguramente um dos lugares com a maior concentração de tapumes por metro quadrado do País. A poucas horas de receber o confronto entre Brasil e México, hoje, às 16h, pela segunda rodada da Copa das Confederações, os arredores do Estádio Castelão parecem mais um canteiro de obras. Calçadas não estão prontas, o asfalto das principais vias que levam o torcedor está sendo colocado de última hora e gramas estão sendo plantadas no canteiro central, além de poeira e lama espalhadas por todos os lados.

Segundo os moradores, tudo está sendo feito às pressas pela prefeitura para receber as partidas do torneio. “Até ontem (segunda-feira) não tinha nada disso (asfalto) aqui. Estão fazendo de qualquer jeito para não passar vergonha. Empurrando tudo para baixo do tapete”, comentou o taxista César Almeida, acostumado a driblar os buracos presentes nas principais vias da cidade.

É visível a pressa para deixar tudo pronto até a hora do jogo. As avenidas Alberto Craveiro e Paulino Rocha, que contornam o estádio, estão recheadas de máquinas e muitos funcionários trabalhando até o anoitecer para instalar sinalização, plantar grama nos canteiros, guias nas calçadas e fazer maquiagem capaz de disfarçar os problemas estruturais. Parte estava escondida por tapumes com o seguinte slogan: ‘Uma obra show de bola’.

“Estamos com 98% da reforma do entorno terminada e agora estamos dando uma arrumada para não deixar nem um resto de obra que possa causar acidentes. Queremos que o fluxo das pessoas ocorra sem problemas”, explicou o secretário de Infraestrutura de Fortaleza, Samuel Dias.

Por muito pouco a situação não ficou ainda pior. Na sexta-feira, os operários que finalizam a obra ameaçaram fazer greve por conta da qualidade da alimentação, que foi substituída pela empresa prestadora de serviço.

Tudo que a prefeitura está fazendo agora é provisório. O entorno do Castelão, inclusive o acabamento, só vai ser finalizado mesmo perto da Copa do Mundo de 2014. No sábado, foi anunciada a entrega da Avenida Alberto Craveiro, localizada bem em frente ao estádio, que foi alargada para receber grande quantidade de veículos nos dias de jogos.

Uma segunda parte da obra, porém, está bem longe de ser concluída. Ainda é preciso terminar a construção de um túnel da Avenida Paulino Rocha, que se ligará à Avenida Dedé Brasil para melhorar o fluxo na região. O custo das obras está previsto em R$ 227,52 milhões, valor R$ 5 milhões menor do que o primeiro orçamento aprovado.

Parte interna está totalmente pronta

Se do lado de fora ainda existe muita sujeira e entulho, do portão para dentro o Castelão está prontinho para receber Brasil e México. Primeiro estádio a ser entregue para a Fifa, foi reinaugurado no fim de janeiro e teve a realização de alguns jogos para testar, sobretudo, o acesso dos torcedores às arquibancadas.

Tudo saiu como esperado e a arena parece bem estruturada para a partida. Ontem, porém, um susto preocupou os administradores. Durante a tarde, queda de energia causou a paralisação dos aparelhos que fazem a revista dos torcedores, mas tudo foi normalizado em poucos minutos.

Apesar de ser um estádio construído em 1973, o Castelão parece novo. As dependências impressionam, apesar de boa parte ter sido construída de forma provisória para atender às demandas da Fifa.

O centro de imprensa e todas as salas onde ficam os responsáveis pela organização, por exemplo, ganharam paredes e tetos móveis, que devem ser retirados após a disputa da Copa das Confederações.

Ao contrário do que aconteceu em Brasília, no fim de semana, os torcedores não tiveram problemas para retirar os ingressos para a partida. As filas eram grandes, mas a espera média foi de 30 minutos.




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