Política Titulo Sem oposição
Pinheiro define bancada
governista em até 15 dias

Postura da Prefeitura de São Caetano gera ansiedade entre os 19 vereadores que tentam aderir ao Paço

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
11/05/2013 | 07:33
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O prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), vai definir sua bancada governista na Câmara em até 15 dias. A notícia de que nem todos serão incluídos no grupo gerou ansiedade entre os 19 parlamentares que aceleraram negociações para tentar aderir ao Palácio da Cerâmica.

Desde que Pinheiro assumiu a Prefeitura, em janeiro, adotou o discurso de que avaliaria a postura de todos os vereadores para definir sua base. Na eleição, apenas três aliados conquistaram vaga de vereador, mas já conta com apoio total. Após pouco mais de quatro meses de gestão, a especulação no Legislativo é de que o peemedebista já desenha montar uma bancada com até 14 nomes. Sendo assim, pelo menos cinco vão ficar de fora.

A atitude tem o objetivo de evitar pressões por cargos, que ocorrem frequentemente entre os vereadores com ameaças de CPI e discursos apimentados. O fato de não incluir 100% da Casa no hall de aliados também está ligado à meta de enxugar 30% dos gastos do município.

Entre os principais critérios que pesam na decisão estão o tom do discurso, apresentação de requerimentos de informação e o histórico político. Neste ano, a Câmara apresentou muitos pedidos de dados ao Paço sem enfrentar barreiras, ao contrário do que ocorria na gestão passada do ex-prefeito e hoje secretário paulista de Esporte, Lazer e Juventude, José Auricchio Júnior (PTB).

Por conta disso, muitos vereadores têm procurado a articulador político do Palácio da Cerâmica, Moacir Guirão (PMDB), para tentar aproximação. Durante a semana, inclusive, Pinheiro não recebeu nenhuma crítica.

A ligação de Fabio Palacio (PR) e Magali Selva Pinto (PSD) com a ex-prefeiturável governista Regina Maura Zetone (ex-PTB) tem afastado a dupla do prefeito. O republicano foi escudeiro fiel da ex-candidata e adotou postura um pouco mais agressiva a Pinheiro durante a campanha. Já a pessedista foi secretária de Educação na gestão passada e alvo de críticas da vice-prefeita Lucia Dal'Mas.

No caso de Marcel Munhoz (PPS), Severo Neto (PSB), Edison Parra (PHS) e Aparecido Inácio da Silva, o Cidão do Sindicato (PDT), além da ligação com a gestão anterior, os requerimentos de informação contrários ao governo incomodaram o prefeito e contribuíram para o distanciamento. "Eu sou governo, mas não sei se o prefeito vai me aceitar", declarou Munhoz. "Estamos todos com o prefeito, não tem oposição declarada", avaliou Severo.

A Prefeitura disse que não comenta esse tipo de especulação política. O prefeito e o articulador do Paço, Moacir Guirão, não foram localizados pelo Diário para comentar o caso.




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