Nesta semana li artigo postado no Twitter pelo economista Ricardo Amorim muito interessante. O material foi publicado em uma revista voltada à ciência e versa sobre como nosso cérebro é capaz de nos enganar. O texto me fez refletir sobre como precisamos nos conhecer e controlar nossas mentes, especialmente nós, que lidamos com comércio, para que erros tolos não nos causem problemas.

O artigo pedia para que os leitores fizessem uma conta, sugerindo um problema lógico simples, para pensar e responder rápido. Você tem R$ 1,10, com o qual pode comprar um café e uma bala. O café custa R$ 1 a mais que a bala. Então, quanto custa a bala? Dez centavos? Nada disso, a resposta correta é R$ 0,05!! Seu cérebro acabou de lhe pregar uma peça. A charada faz parte do livro Thinking, Fast and Slow (Pensando, Rápido e Devagar), de Daniel Kahneman, psicólogo ganhador do Prêmio Nobel por suas pesquisas sobre o comportamento humano. De acordo com a obra, o teste foi aplicado em universitários de escolas norte-americanas bem prestigiadas e mais da metade dos estudantes também errou a resposta. Isso acontece porque pensamos supostamente de duas formas diferentes, uma mais rápida e intuitiva e outra mais lógica e analítica. A forma de pensar intuitiva lhe levou a acreditar por um instante que o resultado da conta proposta acima ficava em R$ 0,10. É uma forma de seu cérebro pensar rápido lhe ajudando com uma resposta e poupar energia. Afinal de contas, temos dentro de nossas cabeças o maior computador do mundo, que gasta relativamente pouca energia. Somando o número de ligações de nossos 100 bilhões de neurônios, se fôssemos construir um computador nas mesmas proporções, para que ele funcionasse seria necessária a energia produzida por quatro usinas Itaipu. Nosso cérebro consome só 20 watts, menos que uma lâmpada. Então ele precisa poupar energia, por isso, por diversas vezes nos engana ao longo do dia.

Seu cérebro toma as decisões em média dez segundos antes de você. Antes de você pensar em se mexer, um comando já lhe é enviado, antes mesmo que você tome consciência disso. Por essas e outras, é importante que você não o sobrecarregue, para que isso não influencie tomadas de decisões. Quanto mais cansado ele estiver, maior a tendência para utilizar seus pensamentos intuitivos, pois ele se aproveita de experiência que já teve para pensar rápido e resolver sobre o problema com facilidade, poupando o pensamento analítico que dá mais trabalho e consome mais energia.

Se você é gestor ou empresário, fique atento e procure cuidar bem do seu cérebro, fazendo periodicamente coisas de que gosta e relaxando. Nem tudo é só trabalho e é importante ter a cabeça fresca para gerir bem seu negócio.