A Prefeitura de São Bernardo investiu R$ 1,4 milhão na reforma do Centro de Controle de Zoonoses. Mesmo assim, o número de vagas para animais não foi ampliado. Hoje o local atua na capacidade máxima: cerca de 65 animais estão abrigados ali, entre cães, gatos, cavalos e um boi.

A reforma melhorou as instalações dos bichos, que sofriam com goteiras, azulejos e portões quebrados. Foram revisados os sistemas elétrico, hidráulico, telefônico e de informática, além de promovidas melhorias na rede de esgoto, instalação de para-raios e eliminação de infiltrações.

Segundo o secretário de Saúde, Arthur Chioro, o prédio do CCZ tem pouco mais de cinco anos, mas precisou passar por reformas em toda a infraestrutura. "Antes não havia condições. Os agentes que combatem infestações de ratos, por exemplo, sequer tinham local adequado para manipular o veneno", afirmou.

Ainda conforme Chioro, as novas instalações possibilitam que o trabalho de prevenção a zoonoses continue ativo na cidade. "O CCZ é um complexo que faz parte da rede de Saúde do município", destacou o secretário.

Durante a entrega, a protetora de animais Nair de Oliveira Pinto, 66 anos, reclamou do serviço. "Essa reforma não melhora a vida dos bichos, só dos humanos. Precisamos de mais espaço para acolher os animais de rua", cobrou.

O prefeito Luiz Marinho rebateu as críticas. "Estou cumprindo meu compromisso, assinado em carta com as entidades protetoras de animais. Mas, infelizmente, não temos verba para ampliação", disse.

Enquanto Marinho discursava, ao menos três cães de rua apareceram.