Artigo

As chuvas das últimas semanas têm causado sérios problemas em muitas cidades. Ruas, casas e estabelecimentos alagados, desabrigados, desabamentos, deslizamentos e outras ocorrências típicas. É o momento crucial dos prefeitos e suas equipes da Defesa Civil prepararem com antecedência o socorro às vítimas, que certamente surgirão. Alojamento, alimentação, medicamentos, roupas, transportes e verbas para atividades emergenciais não podem faltar, especialmente para os pontos onde o problema das águas já se tornou crônico. O administrador público irresponsável, que não se preparar para acontecimentos previsíveis como estes, não merece estar no cargo.

Tornou-se habitual, em nossas cidades, a existência dos pontos críticos, que não resistem ao regime das águas. Normalmente são áreas de encostas ou várzeas ocupadas irregular ou criminosamente. Quando ocorrem as tragédias anunciadas, faz-se campanhas para socorrer os flagelados. Mas, depois de fevereiro ou março, quando as águas vão embora, tudo cai no esquecimento. Os flagelados, abandonados, encontram seu próprio meio de sobrevivência e o poder público se faz ausente, como se não tivesse nada a resolver. Também somem os políticos e os filantropos de catástrofe, que só reaparecem na desgraça do ano seguinte, em busca de novos dividendos da tragédia.

Toda a área urbana brasileira sofre com o problema da ocupação irregular de áreas, que provoca a degradação ambiental. No passado não havia leis nem ações do governo e da sociedade para evitar o uso predatório do solo. Hoje já existem códigos e atividades tanto públicas quanto particulares para proteger o que ainda não foi degradado. Mas é infinitamente pequena a ação reparadora. Mesmo com todas as tragédias, sofrimento e mortes registradas, não há efetiva disposição para a solução dos problemas.

O Brasil, que tem capacidade para a realização de obras de grande porte, fará a Copa do Mundo, os Jogos Olímpicos e quer construir o trem-bala, precisa também acabar com as mortes por alagamento, deslizamento e outras causas naturais tão previsíveis. Há que se desenvolver grande programa de remoção de populações sob risco e solução de pontos vulneráveis. É imensa tarefa social, econômica e humanitária que não pode continuar sendo negligenciada. Os governos - de todos os níveis - e a sociedade precisam cuidar disso.

Dirceu Cardoso Gonçalves é dirigente da Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo.

Palavra do leitor

Boas Festas
O Diário recebe e retribui votos de Boas Festas a Equipe Ler Para Crescer; Folha da Região de Araçatuba; UniFieo; deputado federal Wiliam Dib; Alexandre Pimentel e Artur J. Dian; Grupo Marfinite; CDN; Bruna Ortega; Equipe Lucia Paes de Barros; Tegmax - Leilão Online; Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC; Perspectiva Comunicação; Conselho de Informação sobre Biotecnologia; Dudu Pacheco Assessoria e Equipe; deputado estadual Orlando Morando; Virou Notícia Comunicação; Elisangela Soares; Associação Comercial e Industrial de Santo André; Arleyde Caldi e Equipe; CDI Comunicação Corporativa; Gustavo Oliveira; Daniela Guiraldelli e Equipe Informa Assessoria de Imprensa; Starbrands Relações Públicas; Printer Press Comunicação Corporativa; Alexandre da Mata; Gladtur Operadora; Hablar Comunicação; Carmen Rey; Rede Morar.

Remédios
em relação à reportagem sobre aumento de remédio (Economia, dia 20), cabe informar o seguinte: o preço é tabelado com Preço Máximo ao Consumidor pelo governo federal, sofrendo reajuste anual em março. O aumento do Índice de Valor Agregado pelo governo estadual irá onerar a distribuição e varejo, não causando aumento no preço final. O que ocorrerá é a diminuição dos descontos no varejo dos similares e genéricos.
Osvaldo Praxedes
Santo André

Parque Central
Queria pedir a quem de direito pudesse informar se a ciclovia que existe no Parque Central em Santo André é destinada para bicicletas ou está liberada para corredores, pessoas passeando com cachorros e crianças e demais frequentadores do parque. Não quero ser intolerante, pois trata-se de espaço público, porém penso que existe pista para corredores e pedestres, feita com zelo pela Prefeitura, mas que as pessoas insistem em não usar, preferindo andar pelo meio da ciclovia, talvez pelo fato de não querer sujar os pés. Algumas dessas pessoas inclusive se sentem incomodadas com as bicicletas, dificultam a passagem e fazem cara feia quando sinalizadas. Espero que educação e bom-senso prevaleçam.
Alberto Massa
Santo André

Aidan
Pouco conheço o prefeito de Santo André, não votei nele, mas Aidan Ravin está dando aula prática de administração pública, superando as expectativas dos munícipes! É só comparar a cidade hoje e a de quatro anos atrás para perceber o salto de qualidade. O prefeito está fazendo mais que a lição de casa e é lógico que a oposição não aceita nem quer o sucesso do prefeito. Mas a população está percebendo os discursos inflamados e mentirosos de alguns vereadores lá na Câmara. Eu, minha família e nossa comunidade estamos dispostos a colaborar, por que não dizer, de mãos dadas para Santo André continuar melhorando.
Antônio Carlos de Souza
Santo André

Lewandowski
O ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski concedeu liminar que suspende a atuação do Conselho Nacional de Justiça numa investigação de pagamentos suspeitos a magistrados do Tribunal de Justiça de São Paulo, entre os quais ele estava incluído, quando era desembargador da corte paulista. Mesmo assim não se sentiu impedido de julgar. A que ponto chegamos! Além da falta de justiça, temos que conviver, agora, com as faltas de ética e de vergonha.
Ronaldo Gomes Ferraz
Rio de Janeiro