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Volvo comprará a Nissan Diesel por US$ 1,1 bi de olho nas leis ambientais
Priscila Dal Poggetto
Do Diário do Grande ABC
22/02/2007 | 21:23
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Enquanto as negociações entre MAN, Scania e o Grupo Volkswagen caminham, a Volvo AB saiu na frente. A empresa sueca assumirá o controle da Nissan Diesel, a quarta maior fabricante de caminhões do Japão. O valor da oferta pública ficou em US$ 1,1 bilhão – os acionistas da companhia japonesa irão receber 540 ienes por ação.

De acordo com o anúncio feito pelo presidente e CEO da Volvo, Leif Johansson, a empresa também assumirá a dívida líquida estimada em mais de US$ 1 bilhão. A Volvo já era a maior acionista da Nissan Diesel, com 19% das ações, compradas da matriz Nissan Motor. A fabricante sueca de veículos também é proprietária das marcas Renault e Mack.

Com a aquisição, a companhia pretende duplicar a participação no mercado de caminhões médios. No entanto, para a Volvo, a compra da Nissan Diesel vai além da ampliação de mercado, já que detém boa parte das vendas na América do Norte e Europa. A sueca tem interesse na tecnologia híbrida elétrica de diesel, que irá desenvolver em conjunto com a japonesa. Além disso, as duas companhias irão estudar alternativas energéticas, como o etanol.

A pressa para desenvolver produtos a favor do meio-ambiente não é por acaso: a partir de 2009 começará a vigorar no Japão, na América do Norte e na Europa novas legislações ambientais, com controle de emissão de gases mais rigoroso. Nesse aspecto, a Nissan Diesel tem a vantagem de já desenvolver veículos menos poluidores.

Além da Suécia, a Volvo desenvolve e produz caminhões no Brasil, Bélgica e Estados Unidos. A empresa é a segunda maior fabricante de caminhões do mundo, ficando atrás somente da DaimlerCrhysler AG.

Fusões - Após a fusão, a Volvo espera garantir sinergias de 200 milhões de euros por ano. A busca por melhor desempenho já se torna tendência no mercado mundial de caminhões. Em 1999, a própria Volvo tentou comprar a Scania AB, mas foi impedida pela União Européia.

No ano passado, a Toyota investiu US$ 373 milhões na compra de 5,9% da japonesa Isuzu. O motivo principal foi aperfeiçoar a linha a diesel. Ainda em 2006, a MAN, a Scania e a Volkswagen começaram a estudar uma aliança.




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