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Nairo diz que parceria tem 98% de chance de não acontecer

Ao Diário, mandatário do São Caetano afirma que vê pouca chance de união com Guará

Felipe Simões
Do Diário do Grande ABC
28/04/2016 | 07:00
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Ao contrário do que publicou oficialmente na terça-feira em seu site oficial, o São Caetano não deve realizar parceria com o Guaratinguetá para disputar a Série C do Campeonato Brasileiro. Quem sugere é o presidente do Azulão, Nairo Ferreira de Souza, que falou com exclusividade ao Diário.

“Hoje, 98% de chance de que pode não acontecer. Só se aparecer um fato novo muito interessante”, relatou o mandatário do Azulão. “Estamos nos preparando para a Copa Paulista. Não estou pensando um projeto de Série C. Só se acontecer um milagre que a coisa pode mudar de repente”, reiterou.

Existem alguns entraves para a negociação com o Guaratinguetá, do técnico e coordenador João Telê, avançar. O São Caetano tem muitas dúvidas, principalmente em relação à eventual vaga conquistada na Série B de 2017: qual time disputaria a competição? O Diário entrou em contato com a CBF na segunda-feira, mas ainda não obteve resposta da entidade. A FPF (Federação Paulista de Futebol) também foi contatada e não se pronunciou.

“O João (Telê) tem interesse porque ele teria time montado e local para jogar, mas a vida não é assim. Por trás disso tem todo um projeto. Como fica a questão da vaga?”, questiona Nairo. “Se o Guaratinguetá deixar de existir e ficar o São Caetano, aí muda o cenário”, sugeriu.

Além disso, outras questões em relação ao empréstimo de jogadores, pagamento de salários e local dos jogos geram preocupação no clube do Grande ABC. “Nós jogaríamos no Anacleto Campanella, porque eles (Guaratinguetá) não têm outro estádio. Teríamos de montar duas equipes. Hoje está inviável isso. Queremos fazer uma boa Copa Paulista. Time para dois campeonatos tem, mas é difícil”, explicou Nairo. “Eu teria de emprestar todos os jogadores e pagar todo o elenco para eles. E vai tudo, comissão técnica inclusive. O Guará não tem nada, só alguns jogadores que disputaram a Série A-3”, explicou o dirigente.

Nairo ainda garantiu que não houve proposta financeira para que o São Caetano considerasse a proposta feita pelo Guaratinguetá. “Não envolve valores. É trazer o clube e colocar o plantel à disposição. Os salários sou eu quem pago. Mas é inviável. Para a torcida e a cidade é duro ver o clube jogar a Série C como Guaratinguetá. Penso em tudo isso. E cheguei à conclusão de que é muito difícil. Não tem como fazer hoje”, concluiu o presidente sem, entretanto, descartar a possibilidade.




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