Política Titulo Conversações
MD busca representatividade em Mauá

Mandatário do PPS local, Mazinho abre conversações e projeta bancada com quatro vereadores

Bruno Coelho
Do Diário do Grande ABC
01/05/2013 | 07:00
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Para solidificar os alicerces políticos em Mauá, lideranças que vão compor a MD  (Mobilização Democrática), fruto da fusão do PPS com PMN, iniciaram a busca de representatividade na Câmara. Designado pelo coordenador regional do PPS, deputado estadual Alex Manente, Erismar Soares Clementino, o Mazinho - presidente da legenda no município -, conversa com vereadores, ofertando espaço em uma legenda que nasce com destaque no Grande ABC e transferência partidária sem empecilhos legais. Há projeção de quatro adesões.

Há uma semana, Alex e Mazinho foram até o Parlamento mauaense, passando em alguns gabinetes. Esse foi apenas um dos passos dados pelos representantes do PPS para fortalecer a MD. "Todos os presidentes do PPS conversam com os quadros das cidades. Por isso, o Mazinho vem dialogando com as lideranças (de Mauá) e me passará um relatório da situação", avaliou Alex.

Enquanto prossegue com as negociações, Mazinho prefere não revelar quais legisladores receberam o convite para ingressar à MD. Apesar disso, integrantes da bancada do PMDB e PDT, representadas por três parlamentares cada, confirmaram o assédio. "A gente iniciou conversas com vereadores que demonstraram interesse na MD. Tenho 100% de certeza que alguns vão migrar para o partido", discorreu o mandatário do PPS mauaense.

Justamente PMDB e PDT sinalizam desentendimentos internos, cenário que teoricamente poderia favorecer a migração de parlamentares à nova sigla. No bloco peemedebista - formado por Edgard Grecco, Sandra Vieira e Jair da Farmácia -, o discurso é de independência ao prefeito Donisete Braga (PT), o que deixa descontente o diretório municipal, cuja liderança é a deputada estadual Vanessa Damo (PMDB), avessa ao petismo local.

Apesar desse cenário, os legisladores do PMDB confirmam aproximação, mas negam transferência ao futuro partido. "Fico agradecido pela lembrança, mas não pretendo sair do PMDB", disse Edgard.

Embora tenha discurso similar de que não existe crise no PDT, a ala pedetista no Parlamento passa por período de incerteza. Os vereadores não sabem qual será o desfecho da eleição para presidência do partido, a ser realizada no segundo semestre. O atual mandatário, Cláudio Donizete, ligado ao legislador Cincinato Freire, sofre pressão interna, já que nem todos os grupos foram contemplados com cargos na Prefeitura.

As negações públicas, porém, não chegam a desanimar Mazinho, que projeta em Mauá uma bancada forte no Legislativo. "Acredito que em breve quatro vereadores virão para a MD", vislumbrou. Caso essa estimativa se confirme, a MD seria credenciada como maior bloco do Parlamento, ao lado do PT.

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) deve aprovar a fusão do PPS e PMN até o dia 10. O trâmite possibilitará a abertura da janela de transferência de 30 dias para ingresso políticos providos de cargos eletivos, sem risco de perder o posto, pois a MD será uma sigla recém-fundada.

Em São Caetano, há trabalho para ter a maior bancada

 

Os vereadores do PPS de São Caetano – Marcel Munhoz e Carlos Humberto Seraphim – articulam para levar vereadores de PTB, PSD, PP e PHS para a bancada da futura MD. A negociação deve ser efetivada na próxima semana, quando a Justiça deve oficializar o novo partido.

“Estou trabalhando para a MD ser a maior bancada de São Caetano e do Grande ABC. Estou convidando os vereadores e nossa projeção é positiva. Assim que sair a publicação da Justiça de criação do partido, nós vamos cobrar as fichas de filiações e acelerar as negociações”, explicou Munhoz.

Além da articulação, Seraphim disse que pretende procurar a executiva do PMN na cidade para encontrar uma composição da direção da nova sigla no município. “Precisamos ver quem vai ser o presidente e os demais cargos”, comentou.

Edson Parra, do PHS, é o único que confirmou a migração até agora. O vereador destaca que optou por uma auto-proteção por conta do debate da reforma política que prevê fim das coligações no campo proporcional. “Essa mudança vai impor o fim dos partidos pequenos”, afirmou.

Além dele, a bancada do PSD – Magali Selva Pinto e Fábio Soares – estuda convite para trocar de partido. Oficialmente, a dupla afirma que ainda não teve tempo de analisar a proposta, mas também não descarta. “Estamos estudando”, declarou Magali. O progressista Chico Bento também declarou que avalia a proposta, porém, nos bastidores a recusa do convite já é dada como certa.

O quarteto petebista – Jorge Salgado, Paulo Bottura, Flávio Rstom e Gérsio Sartori – também estão na mira. “Convidei todos os vereadores do PTB”, declarou Munhoz. Rstom e Salgado, no entanto, negam que haja qualquer tipo de conversa sobre o assunto. “Nós estamos unidos e respaldados pela executiva estadual. Não vamos deixar o PTB. Estamos estudando candidatos a deputado no município”, informou Rstom. (colaborou Gustavo Pinchiaro)

 

 




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