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Superlotação atrapalha passageiros do trólebus

Usuários ainda pontuam falhas no pavimento do corredor e veículos quebrados diariamente

Por Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
23/10/2015 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Anunciado como referência em qualidade de transporte público, o sistema de trólebus do corredor metropolitano São Mateus-Jabaquara, gerenciado pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) e operado pela concessionária Metra, tem deixado a desejar, segundo seus passageiros. Ônibus superlotados, equipamentos sem manutenção e condições precárias do pavimento revelam quadro de queda na eficiência do serviço oferecido à população.

Entre às 7h25 e 11h de ontem, equipe do Diário percorreu seis trechos oferecidos no corredor metropolitano, que passa pela Capital, Santo André, São Bernardo, Diadema e Mauá, e constatou as falhas.

Entre os principais problemas está a superlotação de algumas linhas, com destaque para o trecho de São Bernardo. De acordo com a Metra, o corredor tem média de 320 mil passageiros por dia.

Das 10h às 10h30, o Diário esteve no terminal central de São Bernardo e verificou que os trólebus no sentido São Mateus demoram para chegar e saem do ponto já lotados, embora não estejam nem na metade do percurso. Enquanto passa um coletivo no sentido em questão, é comum virem três nas direções de Piraporinha e Jabaquara, que saem relativamente vazios. Vale ressaltar que o terminal, próximo à Prefeitura, só serve como passagem, já que nenhum ônibus faz ponto final ou inicial ali.

Segundo usuários, o problema se repete no início da noite em Santo André. “O 285 (Ferrazópolis) é um caos às 18h. O terminal fica com uma fila enorme e não tem como se livrar dos veículos cheios”, diz a operadora de caixa Rosa Amélia Garcia, 54 anos.

No trajeto de cerca de quatro horas foi possível notar durante toda a extensão do corredor, que faz ligação entre as zonas Sul e Leste de São Paulo passando pelo Grande ABC, desníveis no asfalto provocados por obras de recapeamento. Em quatro trechos a via estava interditada em um dos sentidos, o que ocasionava fila de veículos, como foi possível notar na Rua Oratório, altura do número 3.727, Parque Novo Oratório, em Santo André.

“Isso sempre acontece, principalmente, no trajeto entre São Matheus e Santo André. De manhã, por volta das 8h, atrapalha se tem acúmulo de trólebus”, relata o operador de telemarketing Matheus Albuquerque de Araújo, 23 anos.

De acordo com usuários, outro problema comum é o de veículos parados para manutenção. Ontem, por volta das 9h, enquanto o Diário passava pela Avenida Pereira Barreto, altura do 1.519, um trólebus estava estacionado no local em decorrência do seu cabo ter se soltado da fiação. Com isso, fila de cinco veículos se formou atrás dele.

Em nota, a Metra informou que tem média diária de 15 falhas apresentadas no percurso. Em casos simples, o problema é solucionado em cerca de 20 minutos. Quando a ocorrência apresenta necessidade de algum componente que o mecânico socorrista não possui, o veículo é guinchado e pode ser liberado em até uma hora.

Quanto à manutenção da Rua Oratório, a concessionária informou que as obras começaram no dia 16 e têm prazo de conclusão previsto até o dia 30. 




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