Política Titulo Diadema
Antes de ser escolhido líder, vereador dita regras
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
29/01/2009 | 07:00
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Candidato em potencial a assumir o posto de líder do governo Mário Reali (PT) na Câmara de Diadema, o vereador Laércio Soares (PCdoB) afirmou ontem que "não será um líder de carregar recado nem de dizer amém". O comunista quer mais: "participar e opinar".

 Se for o escolhido entre o bloco de sustentação que ajudou a eleger o prefeito petista, o comunista quebrará paradigma na história do Legislativo da cidade: será o primeiro líder não do PT. O chefe do Executivo, Mário Reali, porém, afirmou que "para se quebrar tabu tem de fazer bem feito".

 Ontem, durante seminário de planejamento das ações do governo junto ao secretariado, Reali disse que ainda não definiu o seu representante na Câmara. "Até o dia 2 devo ter escolhido a pessoa", afirmou o prefeito, ao reforçar que o vereador Laércio é considerado "um bom nome".

 Para o prefeito, um líder deve ter sintonia com o governo e trânsito livre entre os partidos da Casa. "Eu quero um nome com boa aceitação", desconversou Reali, ao acrescentar novas conversas com bancada petista.

 Ex-líder do prefeito José de Filippi Júnior (PT) por duas gestões e atual presidente da Câmara, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), dá as características para o postulante ao cargo, como se tivesse ensaiado o discurso com Reali. "Trânsito livre e acesso às bancadas", receitou. No entanto, revelou o segredo: "Com jogo de cintura".

 O presidente da Câmara de Diadema acredita que, entre amanhã e a próxima segunda-feira, Reali anuncie o escolhido. "O PT quebrou vários tabus na última eleição com partidos aliados", afirmou, quando questionado se o líder poderia vir de fora do bloco petista e ao citar o nome de Gilson Menezes (PSC), vice-prefeito eleito.

 José Dourado (PSDB) também acredita em "quebra de tabu" no Legislativo. "O Laércio Soares é um bom articulador", disse. Nos bastidores da Câmara, ventila-se o medo de Reali em ter o convite recusado por Laércio.

  SITE - O site particular de Mário Reali foi desativado nesta semana. No dia 20, o Diário ifnormou que a página virtual do então deputado estadual ainda estava no ar. Na ocasião, a assessoria de Reali informou que os custos eram arcados pelo prefeito.




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