Moradores do Jardim Sônia Maria treinam para enfrentar vazamento de gás
Cerca de 200 moradores do entorno do Polo Petroquímico de Capuava participaram, ontem, de simulado de vazamento de gás realizado pela Braskem e Associação das Industrias do polo. Com duração de pouco mais de uma hora, a primeira ação do gênero na unidade Capuava serviu para treinar e avaliar a atuação dos moradores e trabalhadores em uma situação emergencial.
Apesar de a expectativa inicial da organização ser reunir 600 moradores, o gerente de Saúde, segurança e meio ambiente da unidade Braskem de insumos básicos do Sudeste, Carlos Alfano, não considera baixa a adesão populacional. "Temos de levar em conta que estamos no meio da semana e, por isso, muita gente deve estar no trabalho ou escola", avalia.
Ainda assim, Alfano considera necessária a conscientização das pessoas frente à importância de ação como essa. "As outras unidades de insumos realizam simulados anualmente e já fazia tempo que não tinha um aqui", destaca.
Segundo ele, o treinamento atendeu às expectativas projetadas. "Faremos reunião interna para avaliar nossos números e vamos elaborar plano de ação para melhorias", diz.
Segundo o diretor executivo da Apolo, Luís Almudi, as chances de ocorrer vazamento real são remotas, já que a empresa investe para evitar acidentes. "Caso acontecesse vazamento, o GLP não atingiria a comunidade, mas caso atingisse, os efeitos seriam mínimos", comenta.
Já o químico da Cetesb João Carlos considera que o vazamento de gás na Braskem colocaria a comunidade em risco. "Esse é um gás muito tóxico e que poderia trazer problemas, como o risco de explosão", diz. Nesse caso, a tarefa da companhia seria avaliar a concentração de gás no local e verificar a possibilidade de a população voltar ou não para suas casas. "Se esse gás estivesse confinado nas casas, a empresa teria de pagar hospedagem para esses moradores", observa.
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