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Zaia condiciona Poupatempo à vitória de Atila, mas volta atrás
Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
28/08/2012 | 06:30
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Em ato para promover a candidatura a vereador do presidente do PPS de Mauá, Erismar Clementino, o Mazinho, o presidente estadual do partido e secretário estadual de Gestão Pública, Davi Zaia, se empolgou no discurso e condicionou a instalação de uma unidade do Poupatempo na cidade à eventual vitória do correligionário Atila Jacomussi na eleição para prefeito. Porém, em entrevista ao Diário, o cacique voltou atrás.

"Eleito o Atila, vamos trabalhar para que Mauá tenha acesso ao Poupatempo e abrir as portas do governo do Estado para trazer recursos, serviços e as obras que estão em seu plano de governo", discursou Zaia. O tom mudou na entrevista. "Não é algo de uma eleição. O governo do Estado não trabalha sob este aspecto. Acho bom que os candidatos assumam este compromisso, mas o governador Geraldo Alckmin (PSDB) trabalha para ajudar os municípios independentemente de quem sejam os prefeitos", amenizou.

A novela envolvendo a instalação do Poupatempo em Mauá se arrasta há anos. A Prefeitura alega que ofereceu dois terrenos no Centro para o Palácio dos Bandeirantes construir o equipamento. Zaia, secretário responsável por gerir o programa, no entanto, não soube precisar em que fase está o trâmite.

 

COMES E BEBES

Ao fim da atividade realizada em buffet, foi oferecido comes e bebes, o que é proibido pela legislação eleitoral e pode se configurar em abuso de poder e causar a inelegibilidade do candidato organizador.

Mazinho disse ter ciência da proibição, mas tentou se justificar. "Sei que eu não posso oferecer, mas vou negar doação?", questionou, atribuindo a oferta de salgadinhos a um amigo. "Ele trouxe por causa do horário". O evento começou às 20h e terminou às 21h45.

Atila Jacomussi tratou de se desvencilhar da saia justa. "O evento é do Mazinho. Não tenho nada com isso." Antes, no discurso, o prefeiturável disse que Mazinho será o líder de seu governo na Câmara.




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