Política Titulo Ataque na oposição
Marina Silva não tem proposta, afirma deputado Francisco Chagas

Em passagem pelo Grande ABC, parlamentar federal critica adversários do PT à Presidência

Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
07/10/2013 | 07:08
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Ricardo Trida/DGABC


O deputado federal Francisco Chagas (PT-SP), com base eleitoral na Capital, onde foi vereador por dois mandatos e meio (2003 a 2012), esteve na sede do Diário na quinta-feira. Em sua passagem pelo Grande ABC, comentou sobre o cenário eleitoral nacional, com críticas a Marina Silva (PSB), Eduardo Campos (PSB) e José Serra (PSDB), alguns dos potenciais adversários do projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

Sobre a ex-senadora, que no sábado associou-se aos quadros socialistas, após a Justiça Eleitoral negar pedido de criação da Rede Sustentabilidade por falta de assinaturas, o deputado disse desconhecer seus projetos para o Brasil. “Ela tenta se firmar politicamente. Mas qual é a plataforma da Marina? Eu desconheço. O que ela está propondo de novo para a sociedade? Não conheço. Na verdade, ela tenta se colocar na cena política, dizendo ser diferente, mas com o mesmo método existente, de fulanizar a disputa, fulanizar a representação”, discorreu o petista.

Chagas criticou a intenção de criar um partido por parte de Marina Silva, figura que mais assusta o petismo no momento. “Temos a legislação que permite novos partidos aparecerem. Pessoalmente sou a favor da cláusula de barreira (cuja existência da sigla dependerá do desempenho nas urnas). É preciso passar pelo crivo da aprovação popular. O ideal seria isso.”

Acerca do ex-governador paulista José Serra, que anunciou permanência no PSDB semana passada, opinou que “ele já encerrou a carreira política quando perdeu a eleição (à prefeitura) de São Paulo (no ano passado para o petista Fernando Haddad)”. “Qual é o futuro dele agora? Ser deputado? Ser senador? Ser governador? Quando disse que ficaria no partido, afirmou ser necessário enfrentar o petismo, mas não disse quem. Acho que nesse campo da oposição ainda há muita confusão.”

Já na avaliação de Eduardo Campos, que virou parceiro de Marina, amenizou os ataques. Chagas preferiu destacar a ajuda do Palácio do Planalto ao estado de Pernambuco, onde o socialista tem aprovação recorde. “Foi um companheiro que esteve desde a primeira hora no projeto democrático popular do governo Lula e hoje com a Dilma. Agora se apresenta como alternativa. Não vejo que pode assustar. Seria um candidato regional, fragilizado com a saída de Cid Gomes (governador do Ceará) do partido. Todo legado dele (Campos), em Pernambuco, é o nosso legado (do PT), dos governos Lula e Dilma.”

“Acho difícil ele se colocar como oposição de um governo que ele estava junto até hoje e teve ajuda para desenvolver seu estado. Temos de tratá-lo como parceiro e não fazer disso um problema”, destacou Chagas, ao elogiar a parceria dos petistas com o PMDB em âmbito nacional. “É fundamental para governar o Brasil. Aliado indispensável”, frisou.
 




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