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Rhodia se destaca por inovação no País
Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
28/12/2009 | 07:03
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Fernando Dantas/DGABC


A Rhodia, que completou neste mês 90 anos de fundação no Brasil, destacou-se em 2009 por sua atuação na área de inovação. A empresa, com sede em Santo André, recebeu, há poucos dias, prêmio por novas tecnologias, oferecido pela Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química), e também acaba de ganhar selo de Empresa Inovadora, concedido pela Anpei (Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras).

A premiação da Abiquim se deveu ao emana, fio têxtil desenvolvido pela empresa no Brasil e produzido na fábrica do Grande ABC que ajuda a reduzir sinais de celulite, ao estimular a microcirculação sanguínea e melhorar a regulação térmica da pele.

No entanto, os trabalhos inovadores não se limitam a esse produto. Outro item diferenciado, que chegou ao mercado em novembro, foi um solvente a base de glicerina, ambientalmente mais amigável.

Esses são apenas alguns exemplos de esforços que valeram à empresa o selo da Anpei, que é fornecido a companhias em função da intensidade de gastos em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) em relação ao faturamento total e de recursos humanos nessa área, além do percentual de faturamento obtido com novos produtos.

Trata-se de um certificado reconhecido por órgãos de fomento, para que as empresas portadoras possam ter acesso facilitado a financiamentos públicos para projetos de pesquisa e desenvolvimento.

Segundo o presidente da Rhodia na América do Sul, Marcos De Marchi, a companhia continua acreditando no caminho da inovação e, mesmo no auge da crise, não fez cortes de pessoal especializado, para não perder o passo em relação à concorrência, quando a situação econômica melhorasse.

O executivo destaca a importância desse foco para a empresa, que investe 31% do faturamento em P&D e tem 22% de suas vendas concentradas em produtos lançados há menos de cinco anos.

BALANÇO - Sem precisar números, De Marchi afirmou que o ano começou difícil, mas no primeiro semestre, mostrou recuperação, mês a mês. A partir do terceiro trimestre, a companhia já havia retomado ritmo ‘normal' de produção e vendas. Na média, o segundo semestre deve ficar acima do mesmo período de 2008.

De Marchi ressalta que alguns segmentos passaram praticamente ilesos à crise. Foi o caso, por exemplo, da área têxtil. Ele explica que o dólar começou o ano em alta, e com isso, muitos clientes deixaram de importar, o que favoreceu as vendas dessa divisão da companhia.

O presidente da empresa na América do Sul assinala ainda que, apesar da retração de grandes mercados consumidores no Exterior, foi possível manter neste ano volume semelhante de exportação, em relação ao registrado em 2008. "E importamos menos; com isso, seremos mais superavitários", afirma. Ele estima que o superávit (exportação menos importação) deve ficar entre 8% e 10% do faturamento.




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