O São Caetano segue como incógnita no Campeonato Paulista. O time iniciou a preparação para o torneio com bastante antecedência, se reforçou com jogadores de renome como Rafael Marques e Vitinho, tem um técnico com contrato até o fim de 2020, costumar pagar salários em dia, mas, ainda assim, continua sem vencer. Ontem, pela quinta rodada, pegou o então lanterna Botafogo, no Estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto. E não só perdeu (3 a 0), como foi ultrapassado pelo adversário e agora integra a zona de rebaixamento, com somente três pontos – à frente apenas do São Bento, que soma dois.

A situação coloca pressão sobre a sequência do técnico Pintado. Porém, a princípio – ao menos até ontem à noite – nada mudou no comando da equipe. Em 2018, após início irregular no Estadual, a diretoria mandou Luís Carlos Martins embora justamente após a quinta rodada, quando a equipe somava os mesmos três pontos depois de quatro derrotas e uma vitória. Naquela oportunidade, Pintado foi justamente o contratado, deu novo ânimo e levou o time para as quartas de final – sendo eliminado pelo São Paulo.

Ontem, na expectativa de um melhor desempenho, o treinador mexeu na equipe e propôs as entradas de Capa na lateral esquerda, Ferreira como primeiro volante e Diego Rosa entre os armadores, com Gleyson isolado na frente. Na primeira etapa o São Caetano se mostrou bem postado, criando boas oportunidades com Vitinho, Ferreira e Minho. O Botafogo respondeu em cabeçada perigosa de Plínio.

Já na segunda etapa, um erro infantil de um dos jogadores mais experientes do elenco mudou o destino do jogo. Logo aos sete minutos, Esley cometeu pênalti em Felipe Saraiva. Após o lance, o veterano levou as mãos ao rosto, em claro sinal de arrependimento. Tarde demais. Bruno Moraes converteu: 1 a 0.

Aos 25, a arbitragem assinalou outra penalidade para a Pantera, em lance de Capa com Pimentinha. Bruno Moraes converteu novamente.

Pintado passou a mudar o time, inclusive mandando Rafael Marques a campo. Mas era tarde. E para sacramentar o triunfo, aos 46, Diones escorou de primeira o cruzamento rasteiro da direita e fez: 3 a 0.

Logo após o apito final, Minho fez um resumo do jogo e mostrou que, apesar da má fase, o São Caetano não deve se abater. “A gente fez bom primeiro tempo. No segundo, em um detalhe um pênalti desestabiliza o trabalho. Depois, num pênalti duvidoso, ficou difícil, Mas é levantar a cabeça, tem muito campeonato pela frente, dois jogos em casa, é fazer nosso papel”, declarou o atacante azulino.