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No palco com os grandes

Guitarrista da região, Rene Simionato faz parte do cast do Rock In Rio 2019

Vinícius Castelli
17/12/2018 | 07:02
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Nario Barbosa/DGABC


O sonho de todo músico é fazer com que sua arte possa ser vista, apreciada, repercutida, seja em menor ou maior escala. E é exatamente isso o que está acontecendo com um artista da região, o guitarrista Rene Simionato. Aos 31 anos, e depois de muita labuta – ele começou a tocar em 1999 –, o são-bernardense radicado em Santo André é uma das atrações do dia 4 de outubro de 2019 do Rock In Rio. Ao lado da banda Torture Squad, da qual faz parte desde 2015, ele se apresenta no palco Sunset, ao lado de medalhões da música pesada como Slayer e Anthrax. E na mesma data ainda terá no cast Iron Maiden e Scorpions, entre outros.

Simionato conta que o convite para tocar no evento surgiu por intermédio do amigo Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, também da região. “Ele estava com essa ideia de colocar uma banda para tocar junto com o vocalista Chuck Billy (do grupo norte-americano Testament), que fará uma participação especial nesse show. Vamos fazer o show do Torture Squad e no fim da apresentação ele entra para cantar duas músicas”, adianta.

Ele se recorda dos tempos em que respirava a cena underground, quando gastava mais do que recebia para poder tocar. “Às vezes subia a pé na Vila Suíça (Santo André) com o amplificador de guitarra nas costas para chegar no estúdio de ensaio do Midnightmare (grupo do qual fez parte). Lembro também que, com o Guillotine, minha primeira banda de thrash metal, íamos várias vezes de trem para tocar em Osasco no antigo Arena Metal, com os equipamentos de bateria, guitarra e afins, todos nas mãos e nas costas, bem desse jeito mesmo. Nessa época os conjuntos em que eu tocava ganhavam apenas cerveja do contratante. E olha lá”, recorda-se.

Olhar para trás e ver que todo esse sacrifício, entre tantos outros, não foram em vão, é para se comemorar. Para ele, poder participar do Rock In Rio significa um dos seus maiores sonhos se tornando realidade. “Algo muito legal se aproximando da bagagem musical. Isso me faz lembrar tudo o que já fiz e passei na música, lá atrás, mas também me faz meditar nas coisas que virão depois desse show”, diz.

Ele celebra ainda o fato de dividir um evento com o grupo britânico Iron Maiden. “Essa banda mudou minha vida, assim como a de milhões de pessoas ao redor do mundo. Eu também fui aquele garoto que fazia coleção de discos, camisetas e revistas do Iron Maiden, com aquela paixão de fã ortodoxo. Eles me ensinaram a tocar. Aí você vê o logotipo da sua banda no mesmo flyer que se encontram os desses caras. Me faltam adjetivos para expressar perfeitamente o que sinto. É algo tão legal e forte que chega ser indescritível”, confessa.

Simionato é a prova de que quando se acredita em algo e se luta por isso, o sonho se torna possível. “Sempre imaginei sim (chegar onde está) no campo da fantasia. Porém, para tal, há que se trabalhar fortemente e ,o principal, gostar do que faz. Estou bem feliz com tudo que aconteceu, está acontecendo e irá acontecer”, encerra. 




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