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Poesia à flor da pele

Poeta da região, Helio Néri apresenta seu quinto título amanhã em Santo André

Vinícius Castelli
Do Diário do Grande ABC
08/12/2018 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Sentimentos e olhares se transformam em palavras. Incansável, Hélio Neri, poeta de Santo André, segue na jornada de coletar ações do cotidiano. Agora, ele dá outro passo na carreira literária – tarefa que divide com o trabalho de cabeleireiro e barbeiro – e ilustra as páginas de seu novo livro, Sessões Diárias e Outros Poemas (Editora Fractal, 80 páginas, R$ 38, em média). Ele apresenta a mais recente empreitada amanhã, a partir das 17h, no Apostrophe (Rua Coronel Ortiz, 290), em Santo André. A entrada é gratuita.

Sessões Diárias e Outros Poemas, seu quinto título, começou a ser trabalhado em meados de 2016, pouco antes de Neri publicar o livro Anestesia. “O ponto de partida do livro está relacionado tanto com as mudanças pessoais quanto com as mudanças mundo afora, em especial com as que ocorreram por aqui: como no caso do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), e toda a consequência e desdobramentos que se seguiram até então”, revela o escritor.

Na obra, assim como nas anteriores, Neri segue tecendo críticas sociais. “Tento me desvencilhar, mas não consigo. Faço isso porque essa é a maneira que eu sei escrever. Outras pessoas escrevem de outras formas, porque é como sabem escrever. As coisas precisam me incomodar, para que eu fale delas, e como está tudo conturbado e perturbador, é assim que escrevo. Gostaria de escrever de tantas outras coisas, mas não consigo”, revela. E essa inquietação pode ser notada em textos como De Novo e Insatisfação, por exemplo.

Diferentemente de seus outros títulos, Sessões Diárias e Outros Poemas apresenta um poeta mais intimista com relação à sua escrita. Segundo ele, essa é a forma hoje que ele quer que seus textos cheguem ao público. “Com certo tom de conversa, uma fala, um diálogo meio que uma prosa, sem ser prosa. Um eterno desespero de tentar dialogar cada vez mais com o leitor por meio da poesia”, revela.

O livro conversa muito com o Grande ABC. A primeira parte da obra é dedicada à região, mais precisamente Santo André. O autor mostra sua visão de como são as coisas por aqui: o convívio com as pessoas, lugares que frequenta, os bares. Cita ainda o Polo Petroquímico, que fica no bairro Capuava. “a fumaça ora fogo que saem de suas chaminés, bem conhecidos, e que podem ser vistos a quilômetros de distância, o Cemitério Curuçá, também muito famoso, que é público e atende boa parte da região”, encerra. 




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