Artigo

Segundo o filósofo francês René Descartes (1596-1650), ‘o bom-senso é a coisa que, no mundo, está mais bem distribuída". E finalmente o bom-senso prevaleceu no caso do fechamento de parte da Estrada do Montanhão, que isolou 220 famílias do bairro Baraldi, em São Bernardo.

Atendendo a uma ação dos promotores Jairo De Luca e Maximiliano Fuhrer, da Promotoria de Justiça de São Bernardo, o desembargador em plantão Eulálio Porto, do Tribunal de Justiça, concedeu habeas corpus com pedido de liminar determinando a reabertura imediata da Estrada do Montanhão por parte do Semasa, que fechou o local por determinação da juíza da 1ª Vara da Fazenda Pública de Santo André. A decisão que fechou a estrada, tomada na semana passada, é mais um capítulo de um processo iniciado em 1992, sob a alegação de que o uso da via causava danos ao meio ambiente.

Nenhuma administração está fazendo mais pelo meio ambiente do que a nossa. A preocupação em preservar o que resta dos mananciais é uma constante em nosso governo. E assim temos agido em ações como a recuperação de nascentes, por meio das obras do PAC Alvarenga, a criação de uma subinspetoria ambiental na Guarda Civil Municipal, entre outras ações.

Não acreditamos em meio ambiente sem seres humanos. Os moradores do Baraldi não se mudaram para o local ontem. É um bairro consolidado desde os anos 1940. A Prefeitura de São Bernardo também estava recorrendo da decisão e tomou as medidas cabíveis para que a estrada fosse desbloqueada. Enquanto a via permaneceu fechada, a administração modificou o trajeto de linhas de ônibus e do transporte escolar e colocou ambulâncias no bairro para que a população não ficasse desatendida.

A decisão ainda terá de ser referendada pela Câmara Ambiental, do TJ. E fica a nossa torcida para que seja mantida e os moradores do Baraldi tenham garantido o direito constitucional de ir e vir.

Como bem ressalta o desembargador em sua decisão, "o direito de locomoção dos moradores locais em utilizar a Estrada do Montanhão deve ser assegurado, já que a preservação ambiental deve levar em consideração as necessidades das pessoas, adequando o meio ambiente com o uso racional que o preserve". Que isso seja levado em conta pela Câmara Ambiental e por outras instâncias judiciárias.

Luiz Marinho é prefeito de São Bernardo.

Palavra do Leitor

Boas Festas

O Diário recebe e retribui votos de Boas Festas a Instituto Brasileiro de Filosofia e Ciência Raimundo Lúlio; Grupo Petram; Middle Comunicação Integrada; Christinna Turnes; Assemae; Simbionte Studios; Portal Sucesso; Conselho Nacional de Peritos Judiciais; Agência Brasil de Segurança; DNA Natural Balneário Camboriú; Agro Centro Feiras e Exposições; Imigrantes Centro de Exposições; Feinco; Feicorte; Feileite; EcoBUikding; Sindipeças; Abipeças; Allercan; Aylton Denari; SindusCon-SP; José Eduardo Zago; Renato Ramos; Fúria Andreense; Instituto de Pesquisas Ecológicas; Jaime Bórquez Assessoria; Mecânica de Comunicação; Yoguti; Estúdio de Conteúdo; Equipe Lucia Paes de Barros Assessoria de Comunicação; Ford Models Brasil; Márcia Stival Assessoria; Equipe Disk Shop.

Baldeação, não!

Venho manifestar meu protesto contra a CPTM por querer deixar a Linha 10-Turquesa só até o Brás. Essa decisão seria transtorno para nós, que precisamos ir ao Centro da Capital ou pegar a Linha 4. A baldeação é quase um atentado à nossa segurança. É um sofrimento desumano. A impressão que dá é que a CTPM enganou todos os usuários com aquela história de obras na Estação Luz, que durariam 60 dias contados a partir de 1º de agosto. Em 16 de dezembro de 2011 começou a divulgar uma tal pesquisa, a qual menciona que os usuários preferiram como terminal o Brás. Circulo nessa linha há dois anos e não ouvi nada sobre isso. Escrevi um protesto na página da CPTM do Facebook, o qual foi apagado um minuto depois. Escrevi vários e todos foram apagados, demonstrando o descaso e desserviço dessa companhia. Isso não é justo! Pagamos o serviço e queremos respeito. Queremos ser ouvidos! Somos reféns desse serviço sucateado.

Roseli Martins

Ribeirão Pires

Endividamento

Analisando a reportagem deste Diário sobre o endividamento dos municípios de nossa região (Economia, dia 18), podemos concluir que a alternância de poder entre dois partidos políticos nos últimos 23 anos mostrou-se extremamente perniciosa para Santo André. Haja vista que a evasão industrial, realidade na região, afetou a arrecadação municipal das sete cidades e, pasmem, Santo André foi a única que ainda não recuperou sua geração de ICMS. Nossa cidade outrora pujante, hoje está endividada e carente de plano eficaz para atração de novas empresas e retenção das existentes. A reversão desse quadro se faz necessária e só será possível com o nascimento de outra opção política, composta por pessoas com visão de futuro e compromissadas com o desenvolvimento econômico e não apenas com caciques políticos que não possuem a menor identidade com nossa cidade.

Vanderlei A. Retondo

Santo André

Ditador morto

No Big Brother da Coréia do Norte, ai de quem não se debulhar em lágrimas!

Cléa Corrêa

Capital

Cultura

O secretário de Governo de Mauá confirmou aos agentes culturais que o berço da emancipação político-administrativa da cidade está a venda! A Prefeitura quer vender a casa emancipacionista contra a vontade do povo. A população e os artistas da cidade solicitam que o imóvel pertencente à municipalidade, sito na Praça 22 de Novembro, Centro, seja transformado em casa de Cultura, ou possível arquivo municipal. Esse imóvel é de grande relevância para a cidade de Mauá e seus habitantes, pois está intimamente ligado às nossas origens, uma vez que foi palco do movimento emancipacionista de nosso município. É sabido o quão importante é mantermos nossa memória de luta e conquista de autonomia de nosso município, para mostrar à população que temos identidade e que esta deve ser preservada, através desse imóvel, como patrimônio cultural.

Gecimar Evangelista

Mauá