Palavra do Leitor Titulo
Na escuridão do riso

O crack é assunto do momento porque se tornou problema de Saúde pública...

Por Dgabc
02/12/2011 | 00:00
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Artigo

O crack é assunto do momento porque se tornou problema de Saúde pública. As poucas ações de ‘redução de danos' que o Estado oferece não são o bastante, servem apenas para camuflar o problema e nessas circunstâncias se tornam ineficientes. A acessibilidade à droga e o preço baixo favorecem para que indivíduos caiam nessa cilada que rouba sonhos, identidade, dignidade e, por fim, destrói caráter. Enquanto o Estado procura regular desigualdades, pessoas tidas como economicamente inviáveis são vistas como ameaça à segurança, o viciado evolui ao crime e transmite doenças, se tornando custoso ao poder público.

Aí, se criam meios para manter distância desses seres humanos ‘indesejáveis'. A mídia mostra pessoas em estado mortificador, sobrevivendo como insetos degradados, com o propósito de mostrar à sociedade indivíduos problemas ao espaço urbano.

Até quando a desesperança do homem será vista como patologia? Até quando nossos governantes vão tentar convencer a massa de que o problema do crack nada mais é do que quadro sombrio próprio da modernidade? ‘Redução de danos' é uma solidariedade hipócrita e mentirosa, que mascara razão dessa situação, pois provém da selvageria de capitalismo desenfreado, onde quem vale mais é quem tem mais, ou seja, a exclusão monetária é um dos grandes fatores da injustiça aos pobres, que são os subempregados, marginalizados do sistema produtivo, que precisam ser vistos como seres humanos.

A desigualdade social é que tem levado muitos ao crack por não terem esperança de futuro melhor, pela solidão e a desventura em não conseguir seguir o ritmo da brutalidade capitalista em que vivemos. O problema não é só de Saúde pública, ou de Segurança pública ou seja lá o que for de ordem pública, o problema é bio, psico e social. Precisamos tentar trazer esses semelhantes a um mundo que talvez não seja tão bom como de uma ‘viagem', mas que é possível vivê-lo com sobriedade. Para isso, é preciso levar apoio, suporte e esperança. Isso sim reduziria danos. Enquanto nossos governantes não compreenderem a diferença entre autonomia e soberania, e deixar de atender apenas às demandas do capital privado, as desigualdades e o segregacionismo vão continuar. É preciso desvincular as discussões pontuais sobre o crack e associá-las a algo muito maior.

Mary Jane Brandão é filósofa.

Palavra do Leitor

Trocar o livro

Transformando a Prefeitura num enorme ‘bacará', o prefeito de Santo André, Aidan Ravin, amplia de forma angustiante o acervo dos administradores sorneiros, agregando mediocridade em sua máquina de governo na captação de camaradas, companheiros, cobras, lagartos etc, na iminência de mitigar possibilidades de formação de adversários. É tarde, senhor prefeito! Não acreditamos mais! Santo André não merece voltar a página que o senhor virou, tem que sair dessa, que o senhor deixou em branco. Teremos de mudar o livro.

Paulo Rogério Bolas

Santo André

Ronaldo

Gostaria de saber como Ronaldo vai conseguir conciliar a sua participação no Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014 com as atividades de homem de negócios, que tem múltiplos interesses nos jogadores que representa, no clube a que está ligado e até no estádio que ajudou a viabilizar a construção. Alem do mais, será que apenas para satisfazer sua vaidade vai compensar ser o laranja do Ricardo Teixeira, que vai continuar por trás dos panos dando a última palavra, como presidente do tal COL? Seria bom ficar esperto, que o ‘dize-me com quem andas, que te direi quem és' é um dos mais verdadeiros ditados que existem.

Ronaldo Gomes Ferraz

Rio de Janeiro

Axé music

Realmente, a música baiana não consegue derrubar tabus, bom exemplo disso foi o Rock in Rio, onde vaiaram Cláudia Leitte só pelo fato de ela cantar axé. Só que esse festival há muito tempo deixou de ser 100% rock in roll. Agora, quando vai gente do sertanejo, forró, funk e do próprio rock tocar no festival de verão de Salvador ou no Carnaval da Bahia, ninguém acha ruim, pelo contrário, muitos apoiam. O preconceito contra o axé também é alimentado por humoristas de TV e redes sociais como Orkut. Será que algum dia a população brasileira vai respeitar a música vinda da Bahia? Quem dança axé não é gay só porque rebola nem existe rivalidade entre cantoras baianas. Isso é puro preconceito.

Osmar Ferreira Costa Neto

São Bernardo

Sacolão

Ao comprar um quilo de massa de lasanha em um estabelecimento dentro do Sacolão da Craisa e vendo que só aquele quilo não daria, resolvi pedir mais meio quilo. Aí que a matemática não colou: um quilo, R$ 8; meio quilo, R$ 4,50? Não é engraçado? Parei para calcular, contestei com a proprietária que talvez fosse algum engano. A conversa piorou. Não é a primeira vez que me encontro com essa matemática estranha, onde os comerciantes exploram a cordialidade do consumidor. Outra coisa que me incomoda é que apesar de estar em lugar público os munícipes não levam benefício algum em comprar ali, o estacionamento é pago e tem crateras, os preços em muitos casos são maiores do que na concorrência, o atendimento é às vezes pior que na concorrência, o banheiro é imundo etc. Tenho leve impressão de que vou procurar outro lugar para fazer minhas compras.

Roberto Gomes da Silva

Santo André

Faz de conta que fez

O PT de Santo André ficou no poder por 12 anos, conturbados, sem progresso para a vida saudável da cidade. Hoje os discursos inflamados da bancada do partido não funcionam mais. Os moradores da periferia ficaram abandonados todos esses anos, agora querem cobrar do prefeito Aidan. Ele ainda continua pagando dívidas da gestão passada e mesmo assim cuida da cidade que o PT destruiu. Por que o partido e muitos desses vereadores que aí estão não fizeram nada para esse povo da periferia, simples, ordeiro, trabalhador e que sonha com dias melhores? Só agora, próximo à eleição é que estão querendo acordar? O povo não é bobo e dará o troco de novo. Enganar o povo próximo à eleição com duas cestas básicas para os líderes comunitários é chamar o povo de ingênuo.

Antonio Carlos de Souza

Santo André




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