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Novo corredor passa por reforma
Por André Vieira
Do Diário do Grande ABC
12/08/2010 | 04:04
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Menos de 15 dias após a inauguração, as grades instaladas no canteiro que separam as pistas da extensão Diadema-São Paulo do Corredor Metropolitano ABD já estão sendo trocadas.

Ao todo, a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) vai substituir três quilômetros de barreiras - o valor gasto na intervenção não foi informado. No lugar das frágeis telas de arame, estruturas mais resistentes serão colocadas.

O trecho que terá segurança reforçada está localizado na Avenida Cupecê, na Capital, e foi escolhido em razão da grande concentração de estabelecimentos comerciais e do intenso movimento de pessoas no entorno.

Parte destes alambrados já estava danificada desde a cerimônia de inauguração, realizada pelo governo do Estado no dia 30 de julho. Os ônibus só entraram em operação na manhã seguinte.

As barreiras estavam sendo derrubadas pela população para encurtar o caminho de travessia, que a partir da abertura do corredor só poderiam ser realizadas nas faixas de pedestres, exigindo mais tempo de caminhada.

Questionado sobre a fragilidade das telas no dia do evento, o governador Alberto Goldman (PSDB) afirmou que as estruturas seriam substituídas "quando for necessário" - e a necessidade chegou cedo.

AVALIAÇÃO
Ontem, após 12 dias de funcionamento, EMTU, CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e SPTrans realizaram vistoria no ramal que liga o Grande ABC à Zona Sul de São Paulo.

Em nota, os órgãos informaram que a sinalização vertical e horizontal da faixa exclusiva para os ônibus está completa e que os motoristas que cometem infrações estão sendo multados.

A CET se comprometeu a colocar funcionários para orientar a travessia de pedestres nos principais pontos do corredor. A companhia informou que a via é monitorada por 25 fiscais por turno.

Cenas de passageiros descendo no meio da rua e fora dos pontos não deverão ser mais vistas. Segundo a EMTU, a frota intermunicipal está totalmente adaptada com porta à esquerda.

Somente os ônibus do serviço semi-expresso, que vai de Diadema direto para a Estação Berrini da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), não possuem porta à esquerda, mas não realizam paradas durante o trajeto.

Os coletivos da SPTrans, que operam linhas municipais da Capital, também estão adaptados e não podem para do lado direito da via.

 

Espera por ônibus é de quase meia hora

A principal promessa da extensão Diadema-São Paulo do Corredor Metropolitano ABD - diminuir pela metade o tempo de viagem entre a região e a Zona Sul de São Paulo - está sendo cumprida parcialmente.

O Diário realizou ontem a viagem de 24 quilômetros de ida e volta pelo corredor, que parte do Terminal Diadema, no Centro, e se estende até a linha 9-Esmeralda da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

O percurso com destino ao Morumbi foi realizado dentro do projetado, em 30 minutos. A viagem de volta, porém, extrapolou a média e foi completada somente após 41 minutos.

Apesar da diferença, os dois trechos foram percorridos em menos de uma hora, que era a média da viagem tanto de ida quanto de volta antes da abertura da faixa.

A espera pelo coletivo que trouxe a equipe do Diário de volta ao Grande ABC foi longa, 24 minutos. A secretária Ana Baia Cavalcante, 46 anos, fez outra observação. "De manhã os ônibus são muito cheios. Tenho de esperar o segundo para me sentar."

As ações para garantir a correta utilização do recém-inaugurado corredor, como expressaram os responsáveis em nota, prevê muito trabalho.

Mesmo com a presença dos fiscais, carros e motos ainda invadem a pista exclusiva para os ônibus para fazer ultrapassagem e conversões.

Além de Diadema, o Corredor ABD atravessa Santo André, São Bernardo e Mauá.

A extensão até o Morumbi, inaugurada no fim de julho, era aguardada há mais de 20 anos, mas a necessidade de rever o traçado, problemas na licitação e a dificuldade para obtenção de verbas protelou a abertura.




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