Economia Titulo Anfavea
Produção de veículos é a pior desde 2003
Vinícius Claro
Especial para o Diário
07/10/2016 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


A produção de autoveículos montados no Brasil caiu pelo segundo mês seguido, de acordo com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Em setembro, foram produzidas 170,8 mil unidades, 3,9% a menos que em agosto. Em relação ao mesmo mês de 2015, a queda é de 2,2%. É o pior resultado nos primeiros nove meses desde 2003 (1,336 milhão).

No acumulado do ano, foi produzido 1,5 milhão de veículos, queda de 18,5%, ou 875,4 mil unidades, comparado ao mesmo período do ano passado.

Apesar de mais um resultado abaixo do esperado, a Anfavea mantém a projeção de queda na produção em 5,5% para 2016.

No entanto, o presidente da associação, Antonio Carlos Megale, admitiu pela primeira vez preocupação com o resultado. “Como tivemos algumas dificuldades de produção ao longo desses meses anteriores a gente enxerga risco no atingimento do número de 2,296 milhões, que é nossa previsão.”

Para atingir a projeção, 742 mil veículos precisariam sair das fábricas no próximo trimestre, mas o ritmo atual é de 247 mil por mês. Entretanto, a última vez que houve produção acima de 240 mil foi em março de 2015.

Segundo Megale, a fabricação de veículos foi prejudicada pelo desempenho da Volkswagen, que está sem produzir há dois meses por problemas de fornecimento de materiais. Um dos problemas é com a Keiper, de Mauá, que fabricava bancos para a montadora alemã e teve o contrato rompido. O presidente da associação afirma que a Volkswagen está prestes a retomar as atividades e espera que, com isso, a fabricação nacional para outubro ultrapasse 200 mil veículos.

EMPREGO
Pelo terceiro mês seguido o emprego registra queda. De agosto para setembro foram 1.468 cortes, motivados principalmente por PDVs (Programas de Demissão Voluntária) das indústrias. Em comparação ao mesmo mês de 2015, são 9.000 postos de trabalho a menos.

Megale divulgou que, no último mês, eram cerca de 25 mil trabalhadores em jornadas de trabalho alternativas. Agora, são 7.300, sendo 2.000 em lay-off e 5.300 em PPE (Programa de Proteção ao Emprego).




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