O chefe de governo italiano, Silvio Berlusconi, e sua mulher, Verônica, assistiram terça-feira ao lado de inúmeras outras personalidades do cinema e da moda, como Sofia Loren e Giorgio Armani, à reabertura do teatro Scala de Milão após três anos de reformas.

Pontualmente às 17h (15h em Brasília), o maestro Riccardo Muti deu início à ópera "Europa Riconosciuta", de Antonio Salieri, a mesma que inaugurou o teatro há 226 anos.

Berlusconi e sua esposa ficaram no camarote com outras autoridades da cidade, representantes de instituições, o presidente suíço, Joseph Deiss, e os primeiros-ministros de Albânia e Croácia, Fatos Nano e Ivo Sanader, respectivamente.

Berlusconi evitou entrar pela porta principal por motivos de segurança, enquanto uma multidão aguardava impacientemente na praça que fica em frente ao teatro, dividindo espaço com manifestantes que protestavam contra a pedofilia.

A atriz Sofia Loren, que acaba de completar 70 anos, de vestido longo preto, foi a mais fotografada junto com seu companheiro para a ocasião, o estilista italiano Giorgio Armani.

"Estou muito emocionado porque é a primeira vez que entro neste teatro", disse Emanuel Filiberto de Savoya, neto dos antigos reis da Itália, ao lado da esposa, a atriz francesa Clotilde Courau.

A cerimônia foi transmitida em telões em três teatros de Milão e na elegante galeria Vittorio Emmanuele 2º, em frente ao Scala, assim como na prisão de San Vittore.

Atrás da renovada fachada do Scala escondem-se tecnologias moderníssimas, além da cúpula construída no teto, que motivou vários protestos entre os moradores da cidade.

A reforma mais complexa foi a instalação de uma torre de 38 m de altura e 18 m de profundidade, o que equivale a um prédio de 17 andares.

A renovação do templo da ópera, a cargo do arquiteto suíço Mario Botta, custou cerca de 60 milhões de euros, financiados pela prefeitura de Milão.