O pratinho dos vasos de planta não é o maior vilão dentro de casa quando o assunto é a dengue, transmitida pela fêmea do mosquito Aedes aegypti. Por isso, para ilustrar os erros que podem atrair o temido inseto, os agentes de Vigilância em Saúde de São Caetano apresentaram ontem, durante o lançamento da Patrulha Contra a Dengue, a Casa Maquete. A simulação dos cômodos de uma residência será utilizada em palestras na comunidade e também nas escolas da cidade.

“Antigamente se pensava muito no prato de vaso, mas não é só isso. É também a bandeja da geladeira e do ar condicionado, aquela vasilha que está guardando água de chuva que escorreu do telhado que estava contaminado e o balde já está com o ovo do mosquito. Pode ser uma tampinha, um copo, um saco plástico e muitas outras coisas”, falou o diretor do Centro Integrado de Vigilância à Saúde do município, Caio Williams Castro Júnior.

Visualizar e entender a situação se faz extremamente necessário, já que 80% dos focos do mosquito estão nas residências. “Às vezes a gente sai na rua e olha a piscina do outro, o acúmulo de água do vizinho, mas esquece da própria casa. Pessoas que tem aquário, ali no beralzinho a fêmea coloca o ovo. A vasilha de água do cachorro a gente esquece que tem que lavar”, exemplifica ele.

Além de orientação, a Patrulha Contra a Dengue também receberá queixas de focos do mosquito pelo telefone 4231-3938. Para a fiscalização, quatro viaturas estarão disponíveis (todas já integravam a frota da Prefeitura). Onde houver dificuldade de vistoria, a administração contará com apoio judicial.

São Caetano registrou 340 casos autóctones de dengue em 2015, contra 22 no ano passado. “Essa movimentação intensa de conscientização da população quer mostrar que prevenir é melhor que remediar”, salientou o prefeito Paulo Pinheiro (PMDB).