Mulher foi violentada e teve casa roubada em Santo André
Desde novembro sem atacar, o criminoso conhecido como maníaco da moto, que violentou sete mulheres no Grande ABC em 2011, é o principal suspeito de estupro ocorrido na fim da tarde de segunda-feira na Vila Scarpelli, em Santo André. As características são as mesmas: homem pardo, cerca de 1,80 metro de altura, forte, circulando em moto preta.
Por volta das 18h, uma dona de casa de 48 anos chegava das compras e abria o portão quando foi abordada pelo criminoso, armado com faca. Três parentes da mulher estavam em casa. Um deles estava tomando banho e foi obrigado a permanecer no chuveiro durante a ação; os outros dois foram trancados dentro de um cômodo.
Chamou a atenção da polícia o fato de, após ter mantido relações sexuais forçadas com a vítima, o criminoso ter roubado dinheiro e alguns bens da família. Algo inédito até então no modo como o maníaco agia. O restante das características segue o mesmo padrão: não tirou o capacete e agiu de forma violenta. Abalados, parentes não quiseram falar com a equipe do Diário. Segundo vizinhos, somente ontem a vítima tinha deixado o Hospital da Mulher, onde foi internada.
"Vamos chamá-la para fazer reconhecimento do retrato falado do maníaco tão logo ela se recupere; já abrimos inquérito para investigar o caso. Tudo leva a crer que seja o criminoso conhecido", disse o delegado Lupércio Antônio Dimov, titular do 1º Distrito Policial, onde o caso foi registrado.
Se confirmado que o responsável pelo ataque é mesmo o maníaco da moto, será o primeiro caso registrado em Santo André. Foram três vítimas em São Bernardo, duas em Diadema e uma em São Caetano. Além dos casos registrados na Capital, onde a polícia acredita ser a residência do criminoso, em bairro que faça divisa com a região.
Devido ao tempo sem registro de novos ataques, diversas possibilidades estavam sendo investigadas, como a de o motoqueiro ter se mudado, assustado com a repercussão do caso.
Em novembro, policiais do 3º DP (Vila Pires) prenderam um taxista que abusava de passageiras em Santo André. Apesar de mais de 12 mulheres o terem reconhecido, nenhuma vítima do maníaco o identificou como o autor dos ataques. Suas características eram diferenciadas: tinha as partes íntimas depiladas e não havia registros de casos fora da cidade.
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