Setecidades Titulo Saúde
Desafio é ajustar as filas de espera

Novo superintendente do Hospital Mário Covas toma posse
nesta quinta e promete organizar a demanda por cirurgias

Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
05/01/2012 | 07:00
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Toma posse hoje o novo superintendente do Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, Desiré Carlos Calle'gari. Depois de dez anos, Geraldo Reple Sobrinho deixa o comando em solenidade marcada para as 19h, no auditório do hospital.

O novo superintendente afirmou ontem que uma das prioridades de sua gestão será colocar em ordem a extensa fila de espera por cirurgias de alta complexidade. A ideia é disponibilizar listagem dos pacientes dividida por especialidades. "É democrático e mostra transparência", define Callegari, que ocupava cargo de diretor técnico do hospital.

A iniciativa vem de encontro a inúmeras denúncias de usuários que alegam a existência de esquema de favorecimento de cirurgias nos bastidores - o que prejudica quem espera na fila há anos. Além disso, pacientes ouvidos pelo Diário em novembro, quando o hospital completou dez anos, apontaram antiga desordem na marcação de procedimentos. Muitos sequer sabiam se estavam na fila de espera e tampouco conseguiam confirmar a informação pelo telefone ou pessoalmente. EM

O novo superintendente informou que a implantação do sistema deve ser concluída até o início de fevereiro. E garantiu que será feito acompanhamento para evitar irregularidades. "Pode haver demora, mas deverá ser monitorada pela população. Vamos respeitar a ordem de espera. É nossa prioridade". Questionado, Callegari não soube especificar, assim como o antigo gestor, quantos pacientes aguardam atualmente por cirurgias no Grande ABC. Por mês, o hospital realiza 1.000 procedimentos e 15 mil consultas.

INTEGRAÇÃO AME

Em encontro realizado na tarde de ontem, Callegari deu o primeiro passo para afinar relações com representantes dos dois Ambulatórios Médicos de Especialidades da região, localizados em Santo André e Mauá.

O objetivo é remanejar consultas realizadas no hospital para os AMEs e otimizar a espera por cirurgias no Mário Covas. Além disso, pequenas intervenções serão atendidas pela equipe dos ambulatórios. "Isso irá nos desafogar para realização de cirurgias graves com agilidade. Quanto às consultas, muitas são repetitivas. Dessa forma, a população poderá resolver problemas menores nos AMEs e ser operada no Mário Covas". O gestor prevê que em fevereiro os efeitos do ajuste já sejam sentidos.

Outros gargalos, como acesso ao tratamento quimioterápico e cirurgias ortopédicas com colocação de próteses, serão prioridades do novo gestor, que afirmou depender de mais recursos para melhorias. Hoje, o orçamento anual do hospital é de R$ 120 milhões.




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