Jimmy Carter Ildefonso de Oliveira, 27 anos, se entregou na madrugada de quarta-feira à polícia de Diadema. Ele é suspeito de participar do seqüestro que resultou na morte da policial militar Simone Rovaron, 37 anos, na madrugada do último sábado, no bairro Eldorado. Outras cinco pessoas foram presas na segunda-feira acusadas de participação no crime, que vitimou ainda o soldado Marcos Santos Brito, 36. Levado a um cativeiro junto com Simone, ele foi baleado na cabeça, assim como sua colega, após os criminosos descobrirem que eram policiais.

Com a detenção de Jimmy, a polícia acredita ter prendido toda a família envolvida no episódio. O último suspeito preso chegou ao 3º Distrito Policial de Diadema acompanhado de seu advogado para prestar depoimento. Os outros integrantes da quadrilha detidos na segunda-feira são Fábio da Silva Guilherme, 22, Douglas Lemos, 27, e os menores E. e R., ambos de 15 anos, além de Maria Aluilma Campos da Silva, 38.

De acordo com o delegado-assistente da Delegacia Seccional de Diadema, Mitiaki Yamamoto, o acusado nega sua participação no seqüestro e no assassinato. “Ele admite que pegou a moto do Douglas para abastecer e usou o cartão bancário da policial, com o auxílio da Maria”, disse Yamamoto.

A polícia fez diligências na residência de Oliveira, na Vila Mulford, na tarde de quarta-feira, e encontrou alguns pertences de Simone em um terreno baldio que fica nos fundos da casa. “Encontramos um espelho com o nome da policial e um chaveiro com chaves das algemas e das gavetas da repartição onde Simone trabalhava. Para nós, ficou claro que ele participou do crime”, explicou o delegado. A polícia ainda procura a arma do PM que, segundo os outros envolvidos, estaria com Oliveira. “Ele disse que não sabe onde estaria esse revólver”, afirmou Yamamoto.

Simone e Brito foram executados na avenida Chico Mendes, no bairro Eldorado. Mesmo ferido, ele conseguiu ligar de seu celular para o 190 da PM. Brito foi socorrido por um grupo de policiais e levado para o Hospital Municipal de Diadema, no bairro Serraria. Simone, que morava em São Caetano, ainda foi encontrada com vida pelos policiais, mas morreu a caminho do hospital.

Brito continua internado em um hospital da capital. Ele foi transferido na manhã de segunda-feira, mas a polícia não quis divulgar o local por questões de segurança. O estado de saúde do soldado ainda é delicado.