Emprego, educação e infra-estrutura. Pelos menos no Grande ABC, essas são as áreas consideradas prioritárias pelos candidatos do PSDB à Presidência e ao governo do Estado. A correção de uma política macroeconômica “equivocada” está nos planos do presidenciável Geraldo Alckmin para que país volte a crescer e a gerar empregos. “Temos de oferecer infra-estrutura e logística para reduzir custos e melhorar a competitividade.”

O tucano citou como exemplo a decisão da montadora alemã Volkswagen de demitir de quatro a seis mil funcionários até 2008 (mais da metade da fábrica de São Bernardo) alegando queda dos lucros nas exportações. “Vejo com tristeza essa informação, especialmente numa região como essa, onde o trabalhador é mais preparado.”

Segundo Alckmin, o desemprego gerado pelas montadoras é resultado de um câmbio “fora do ponto de equilíbrio e de uma taxa de juros absurda”. Para ele, especialmente no Grande ABC, “que é a capital da indústria”, é preciso criar mais emprego e gerar mais renda.

José Serra, que disputa o Palácio dos Bandeirantes, também não poupou ataques à política econômica do governo federal. Ele acredita que o PT “conspira contra o emprego”.

Serra garantiu a criação de uma agência de desenvolvimento em São Paulo para contornar a situação, a qual considera desfavorável. “Funcionará como uma modalidade de banco de desenvolvimento para repasse de recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e coordenação de investimentos e de projetos estruturantes para o desenvolvimento do Estado”, relatou.

O ex-prefeito da Capital afirmou que a medida será de suma importância para o Grande ABC. “A região mais industrializada do Brasil não pode contribuir apenas para o mapa do desemprego. É preciso incluir o ABC no mapa do desenvolvimento do país”, acrescentou.

Outras – Ainda segundo Alckmin, investir em infra-estrutura é outra preocupação dos tucanos. “Para a região, o Rodoanel é fundamental. Por isso, vou ajudar o Governo do Estado a finalizar essa obra”, disse Alckmin, que esteve à frente de São Paulo por oito anos e não conseguiu alcançar esse objetivo.

Já na Educação, o presidenciável pretende unir setores para conseguir criar um pólo na região. “A minha intenção é incorporar ensino universitário e parque tecnológico. Alcançando esse entendimento, vamos conseguir o funcionamento da ciência, da universidade, do setor privado e da pesquisa.”