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Em Diadema, vereadores aliados se unem à oposição e criticam IPTU
Por Fabrício Calado Moreira
Do Diário do Grande ABC
07/02/2006 | 08:33
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A secretária de Finanças de Diadema, Adelaide Maia de Moraes, foi duramente criticada segunda-feira na reunião com 13 dos 16 vereadores na Câmara por conta de problemas na revisão nos valores do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) de 71 mil imóveis da cidade. Parlamentares da base aliada do prefeito José de Filippi Júnior (PT) se uniram à oposição nas críticas e relatos de problemas que tiveram de encaminhar junto à administração. O encontro ocorreu na Câmara.

Os problemas começaram em 2003, ano em que, segundo a secretária, foram feitas atualizações das áreas construídas nos últimos dez anos pela empresa Millenium, contratada pela Prefeitura. A cobrança dos novos valores começou em janeiro deste ano. Desde então, relatou a secretária, foram em média 250 reclamações diárias na central de atendimento da Prefeitura.

“As pessoas da empresa mediram até casa de cachorro, que foi cobrada como construção”, reclamou o vereador Milton Capel (PMDB), que se define como de situação. “O atendimento nas centrais é péssimo, está um caos grande na cidade”, atacou Irene dos Santos (PT). Na reunião com a secretária e assessores técnicos da Pasta foram feitas várias propostas, como escalonamento dos carnês de IPTU, cancelamento dos boletos emitidos neste ano e isenção da cobrança para aposentados. Adelaide garantiu que as sugestões serão estudadas, e que haverá nova rodada de reuniões com a Câmara.

O líder do PT na Casa, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, frisou que os vereadores não têm responsabilidade alguma por erros e distorções na cobrança do imposto. “Não autorizamos nem votamos aumento de IPTU, mas há pessoas no balcão da Prefeitura que – talvez por má-fé – dizem ao povo para vir reclamar com os vereadores”, ressalta.

O chefe da Divisão Imobiliária da Prefeitura, Francisco Leme, afirmou que “com certeza se descobrirão erros”. “O que houver de errado, é evidente que vamos arrumar”, afirmou. Em janeiro, a administração arrecadou R$ 1 milhão a mais para os cofres da administração por conta da revisão no IPTU. A secretária não forneceu os valores gerais da arrecadação.




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