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Asilos redobram cuidados com idosos

Visitas estão suspensas por tempo indeterminado para evitar riscos; mesmo distante, grupo de Santo André manda recado aos profissionais da saúde

Milene Gomes
Especial para o Diário
04/05/2020 | 00:01
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André Henriques/DGABC


Idosos fazem parte de grupo que precisa de cuidado redobrado com a saúde. Qualquer queda, pisada em falso ou um vento gelado pode trazer prejuízos incalculáveis. Em tempo de pandemia causada pela Covid-19, ainda mais. Tanto que eles estão na principal faixa de risco da doença, ou seja, além de mais vulneráveis, sofrem complicações severas que podem levar a óbito rapidamente. Por isso, os asilos redobraram os cuidados, inclusive suspendendo a visita de familiares por tempo indeterminado, como aconteceu no Grupo DG Sênior, que tem três unidades no Grande ABC.

“Estamos fazendo trabalho de conscientização das famílias desde o início (da pandemia), mas nas últimas semanas intensificamos os cuidados para preservar (a saúde dos) nossos residentes”, explica Marcella dos Santos, enfermeira chefe do grupo. 

Embora os familiares não possam estar fisicamente com os idosos, o asilo implantou videochamadas na rotina dos residentes, que são feitas por celulares e computadores que foram disponibilizados e são frequentemente higienizados. Esta medida foi tomada para que haja aproximação e segurança para ambas as partes e minimize os estragos psicológicos que o distanciamento físico pode trazer aos envolvidos. 

“Neste momento as visitas foram suspensas. Todos os nossos funcionários passam por triagem com medição de temperatura e verificação dos sintomas. Eles são afastados com qualquer sinal de contaminação”, reforça Marcella.

A casa mantém os idosos informados sobre o avanço da pandemia e suas consequências. Para isso, adotou mais períodos de conversas com a equipe durante o dia. “Mesmo que o idoso, de forma geral, seja resistente a mudanças, o diálogo, definitivamente, sempre é a melhor saída para lidar com as situações. Com o isolamento, muitas das atividades rotineiras deles foram alteradas e conversamos muito com todos individualmente e em grupo para não gerar conflito”, relata Marcella.

A enfermeira garante que hoje a resistência ao isolamento físico é um pouco menor. “Eles entendem nossos esforços e preocupação desde o início, em cada medida tomada para mantê-los protegidos de contaminação”, finaliza.

HOMENAGEM

Assim como tem acontecido em hospitais, os residentes do Grupo DG Sênior também endossaram a campanha para valorização de médicos e outros profissionais da saúde que estão na linha de frente no combate à Covid-19. Com cartas escritas pelos moradores do Lina, uma das casas do grupo, os idosos agradecem aos trabalhadores que cuidam deles de forma carinhosa e emocionante.

A melhor forma encontrada foi uma manifestação coletiva. Desta forma, o grupo organizou uma foto na qual os idosos seguram folhas que formam a seguinte frase: “Agradecemos aos profissionais que lutam para manter nossas histórias e memórias vivas. Continuamos amando, de longe!”




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