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Projeto de incentivo à leitura ganha destaque em premiação nacional

Docente de São Bernardo participa de Prêmio Professores do Brasil

Bia Moço
Especial para o Diário
28/10/2017 | 07:00
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Nario Barbosa


 Certamente todas as pessoas em algum momento já ouviram a frase ‘ler para crescer’. A princípio, na pré-escola, ela pode não fazer tanto sentido, mas ao longo da vida a presença dos livros, seja para aprender, estudar, ou como companheiro de lazer – cujo dia nacional é celebrado amanhã – fica evidente. Pensando na questão de que a leitura é a chave para o conhecimento, professora da rede municipal de São Bernardo realizou projeto pedagógico de incentivo à leitura visando, justamente, o crescimento do repertório cognitivo de alunos de 3 anos.

Batizado de O Livro dos Monstros, a produção realizada em 2016 foi eleita como um dos destaques do Estado de São Paulo – único da região – , na categoria Educação Infantil – Pré-Escola, da décima edição do Prêmio Professores do Brasil.
 

A inciativa, instituída em 2005 pelo Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Básica, busca reconhecer, divulgar e premiar o trabalho de professores de escolas públicas que contribuem para a melhoria dos processos de ensino e aprendizagem desenvolvidos nas salas de aula. A premiação nacional será no dia 6 de dezembro, em São Paulo.


A professora Loraine Alcântara Miranda, 31 anos, leciona para o Infantil 3 da Emeb (Escola Municipal de Educação Básica) Antônio de Lima, no Jardim Silvina, e contou que a ideia surgiu após a leitura em sala do livro Jeremias Desenha um Monstro, de Peter McCarty. Na ocasião, os 30 alunos – com 3 anos – não gostaram da forma que o monstro da história foi desenhado. “Eles diziam que não era daquele jeito, que era feio e assustador. Foi aí que eu pensei que poderia trazer uma atividade direcionada onde cada um desenharia o seu monstro. Depois de prontos, tirei cópias e então pedi para que cada um deles relatasse como era aquele que teria desenhado, dessa forma criamos uma história para cada um deles.”


Segundo a professora, o objetivo foi dar voz aos alunos, onde pudessem criar cultura, não somente absorver o que já está pronto. “Essa questão me incomodava desde que eu era estudante, e sempre questionei os professores do motivo que nós somos submetidos a observar e aprender, e não nos dão a chance de disseminar conhecimento e criar a partir daquilo que vivenciamos. Claro que é importante aprender, mas temos de dar espaço ao conhecimento próprio. O resultado foi fantástico e muito mais proveitoso do que se eu simplesmente deixasse uma ideia pronta.”


Para Miranda, a atividade rendeu frutos e merece ser levada adiante. “Estou dando aula para mesma turma neste ano, então tive a ideia de dar continuidade à produção independente deles. Agora estamos criando os super-heróis da escola, onde todas as atividades legais que realizamos são relatadas pelos alunos.”


Para Ana Carolina Gomes, 23, mãe de Luiz Miguel Gomes Figueiredo, 5 (um dos alunos de Loraine), o projeto ajudou no desenvolvimento de seu filho, que passou a ser mais comunicativo e a se interessar pela leitura, além de gostar de criar e contar histórias. “Libertou a imaginação dele (Luiz), e fez com que evoluísse. O melhor de tudo é ver que ela (professora) transformou um medo deles (crianças) em diversão. Hoje o monstro é um ídolo.”




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