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Metodista planeja ter o dobro de estudantes

Instituição de ensino ganha novo reitor no período em que completa 20 anos como universidade

Por Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
06/04/2017 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


 No período em que completa 20 anos como universidade, a Metodista passa a contar com novo reitor. Economista e doutor em Ciências Ambientais, Paulo Borges Campos Júnior toma posse oficialmente amanhã em substituição a Márcio de Moraes, que renunciou ao cargo em agosto do ano passado, após dez anos. Diante do cenário de dificuldades financeiras, realidade de diversas instituições de Ensino Superior do País em reflexo da crise econômica nacional, a estratégia do líder acadêmico recém-chegado é dobrar o número de alunos, hoje na casa dos 21,7 mil matriculados, no prazo de até cinco anos.

“Estamos otimistas e acreditando na recuperação da economia. Na contramão do mercado, nossos números de novas matrículas tiveram alta de 20% na comparação entre os primeiros semestres de 2016 e de 2017. Com a estrutura atual, temos a capacidade de dobrar o número de alunos, algo que tenho absoluta tranquilidade que vamos alcançar”, observa o novo reitor.

Embora ressalte preocupação com as finanças da instituição de ensino, professor Borges garante que a situação é melhor do que a observada no segundo semestre do ano passado, quando houve necessidade de demitir e diminuir a carga horária de trabalho de funcionários. “Todos os salários estão sendo pagos em dia. Estamos retomando a política de investimentos, claro que ainda não da forma que gostaríamos”, revela.

Natural de Goiânia, o docente se instalou em São Bernardo, onde a Metodista mantém três campi – Rudge Ramos, Vergueiro e Planalto – há pouco mais de um mês. Visivelmente orgulhoso do convite da rede Metodista de Educação, o reitor acredita que o momento de crise deve ser encarado como oportunidade de crescimento. “Preocupa-me ver carteiras vazias, não somente pelo lado comercial, mas também porque temos o compromisso com a Educação. Sei da responsabilidade e dos desafios do cargo, porque estamos falando de uma universidade que é referência, e o papel do gestor é criar instrumentos para que as metas traçadas sejam alcançadas”, destaca.

Conforme o reitor, a comunidade acadêmica discute atualmente novo PDI (Plano de Desenvolvimento Institucional), documento que norteia as ações da instituições de ensino em período de cinco anos. Entre as propostas já encaminhadas, uma delas tem previsão de ser implementada até o segundo semestre de 2018: a oferta de cursos no período vespertino. “Não é um projeto de hoje, mas que quero dar encaminhamento, porque temos uma estrutura ociosa e podemos otimizar os espaços com mensalidades mais baixas. Estamos estudando as graduações que podem ser ofertadas”, considera. Atualmente, a Metodista dispõe de 80 carreiras de graduação, além de 39 opções de pós-graduação, espalhados nos períodos matutino e noturno, com mensalidade média de R$ 1.500 para cursos presenciais e R$ 300 para a EAD (Educação a Distância).

A melhora da qualidade do ensino da Metodista do ponto de vista das avaliações do MEC (Ministério da Educação) também está entre as metas do professor Borges. O plano do reitor é que todos os cursos da graduação tenham nota mínima 4, em escala que vai de 1 a 5, e que as opções de mestrado e doutorado sejam conceituadas com pelo menos índice 5, em escala até 7.

No último Enade (Exame Nacional do Ensino Médio), referente a 2015, 15 graduações avaliadas obtiveram nota 3. Já os programas de mestrado e doutorado têm notas de 3 a 6. “Outras preocupações são com a necessidade de avançar no processo de internacionalização do ensino, além de atualizar constantemente a estrutura já existente”, finaliza.

 

Faculdade de Teologia completa 80 anos

O primeiro curso superior de São Bernardo nasceu em 1938, com a implantação da Faculdade de Teologia da Igreja Metodista no município – completará 80 anos em 2018. O status de universidade, entretanto, chegou apenas em 1997, quando foi ampliando o número de faculdades e cursos oferecidos.

Há dois anos, a Metodista reestruturou suas áreas do conhecimento, centralizando-as em cinco escolas: Ciências Médicas e da Saúde; Gestão e Direito; Teologia; Engenharias, Tecnologia e Informação; Comunicação, Educação e Humanidades.

Embora a instituição seja reconhecida nacionalmente pelo curso de Jornalismo, que figura entre os melhores do País com nota máxima (5 estrelas) por sete vezes, segundo o Guia do Estudante Abril, a pós-graduação em Ciências da Religião é motivo de orgulho ainda maior, já que ostenta nota 6 (em escala que vai até 7), e é considerado o melhor programa dessa área no País, segundo a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).

Durante sua existência, a instituição de ensino já diplomou mais de 80 mil pessoas e tem planos de chegar a 100 mil formandos até 2020. No programa stricto-sensu foram formados 1.394 mestres e doutores pela Metodista nos últimos dez anos (2007-2017), com destaques para as linhas de pesquisas em Comunicação Social, Educação e Ciências da Religião. Outros 323 alunos cursam atualmente a modalidade.




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