Política Titulo São Caetano
Funaki demite mulher de Gilberto e racha PEN

Exoneração sai após Marcela comparecer em ato que definiu independência no Legislativo

Por Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
04/04/2017 | 07:00
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Vereador governista em São Caetano, Caio Funaki decidiu demitir Marcela Facundo Costa Marques, mulher do ex-vereador Gilberto Costa (todos do PEN), do cargo de assessora em seu gabinete. A exoneração, que ainda não foi oficializada, ocorreu depois de Marcela aderir à resolução do partido de não apoiar o governo do prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) na Câmara.

O racha ficou evidente quando o diretório municipal da sigla decidiu adotar “postura de independência” no Legislativo, em confronto direto com Funaki, que tem apoiado Auricchio antes mesmo de o tucano assumir o Palácio da Cerâmica. “Fui informada por meio da própria imprensa que tinha sido exonerada e que eu não fazia mais parte do gabinete e que o irmão dele, Alexandre (Funaki) me substituiria”, relatou Marcela, ao frisar que não foi comunicada por Funaki sobre a demissão.

Eleito por quociente partidário, com 818 votos, o parlamentar integrou o arco de alianças de Gilberto Costa, que foi o quarto colocado na corrida eleitoral do ano passado. Desde então, a cúpula do partido e o parlamentar têm entrado em conflitos constantes, uma vez que Funaki aderiu ao grupo governista ainda no ano passado. O vereador, inclusive, votou na chapa desenhada pelo Paço na disputa pela presidência da Câmara, em janeiro.

O estopim para o rompimento foi a reunião da executiva, realizada no dia 27, que descartou oficialmente a possibilidade de a legenda compor com a base governista. “Não gostaram do fato de eu ter assinado a ata (do encontro). Mas além de assessora do Caio, sou primeira secretária do partido”, explicou.

Ao Diário, o irmão de Funaki negou que a demissão de Marcela tenha relação com a reunião do diretório. Por meio de nota, entretanto, o parlamentar confirma versão de Marcela. “Não se trata absolutamente de perseguição, mas de quebra de confiança. No momento em que é transcrita uma ata de reunião, onde a queixosa é a secretária do partido, e esse documento não condiz com o falado no encontro, por óbvio que a fidúcia não existe mais. O vereador, este sim, foi abertamente perseguido. O que escreveram naquela ata foi perseguição pura contra minha figura. Confiança é coisa séria e o próprio cargo exigia isto”, diz o comunicado.

Procurado, Gilberto não foi encontrado para comentar o assunto. 




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