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Eleição de 2016 se mostra mais barata depois de novas regras
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
10/10/2016 | 07:00
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André Henrriques/DGABC


A minirreforma eleitoral aprovada pelo Congresso no ano passado colocou freio nos gastos de campanha no Grande ABC neste ano. Na comparação com a eleição de 2012, apesar do aumento do número de prefeituráveis, já é possível notar redução nas despesas eleitorais.

Em balanço feito com base em dados divulgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no primeiro turno, os 50 candidatos a prefeito nas sete cidades gastaram R$ 10,35 milhões, ante uma arrecadação de R$ 10,6 milhões.

Esses valores podem aumentar já que há segundo turno em Santo André, São Bernardo, Diadema e Mauá. Mesmo assim, dificilmente ultrapassarão os números de 2012. Há quatro anos, o pleito movimentou R$ 25,6 milhões, sendo que a eleição em São Bernardo foi finalizada no primeiro turno e havia 14 projetos majoritários a menos na relação com este ano.

“Em geral as campanhas ficaram menores mesmo. Senti um volume maior em Santo André e São Caetano, onde os governos se movimentaram também. Mas o volume de campanha foi muito pela mobilização dos comissionados e militantes do que de material de campanha. Com a proibição de cavaletes, a eleição na região foi mais limpa. Acredito que isso tenha agradado ao eleitor e, até por pressão popular, creio que dificilmente muita coisa mude para as próximas eleições”, avalia o professor Kléber Carrilho, da Metodista, especializado em marketing político e eleitoral.

Na visão do especialista, o pleito deste ano forçou o candidato a gastar saliva em vez de se esconder em cavaletes e papéis eleitorais. “Santinhos não definem voto. Materiais de via única de informação muito menos. Hoje, o que define voto é a via dupla, da conversa, do diálogo. Ouvir se tornou mais importante. Torço para que esse modelo fique”. Políticos, por sua vez, criticam e já mobilizam deputados para alterações.

GASTÕES
Na relação despesa por voto, o prefeito Saulo Benevides (PMDB), que teve pífio desempenho na busca pela reeleição, foi quem mais gastou: cada um dos seus 1.616 sufrágios custou para sua campanha R$ 114,57. Para efeito de comparação, o voto mais caro de 2012 foi o de Regina Maura Zetone, prefeiturável do PTB derrotada em São Caetano: R$ 62,54.

O prefeito Paulo Pinheiro (PMDB), de São Caetano, foi o segundo colocado na lista de prefeituráveis que mais tiveram de despender recursos para obter votos: R$ 32,41. Ele perdeu a eleição para José Auricchio Júnior (PSDB), que gastou R$ 27,14 por voto. Onze candidatos disseram à Justiça Eleitoral que não desembolsaram nenhum centavo no primeiro turno da corrida eleitoral. 




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