Eleições 2016 Titulo Região
Panfletos e bandeiras incomodam moradores
Mikael Schumacher
Especial para o Diário OnLine
29/09/2016 | 15:42
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Claudinei Plaza/DGABC


Novas leis vieram para regulamentar às campanhas políticas, mas problemas com a distribuição de propaganda dos candidatos seguem incomodando moradores do Grande ABC. Os cidadãos reclamam de bandeiras, carros de som, panfletos jogados em caixinhas de correio e até no chão das residências.

Segundo o artigo 17 da resolução nº 23.457, da lei 9.504, não será tolerada propaganda que prejudique a higiene e a estética urbana.

Na região, apesar do volume de santinhos e panfletos ter diminuído nas ruas, aumentaram as faixas e bandeiras com a imagem dos candidatos e seus partidos sendo exibidas nas avenidas e praças, o que prejudica muito a estética urbana. Para Rafael Almada, 34 anos, morador de São Bernardo, essas propagandas atrapalham o trânsito, assim como as inúmeras ligações que recebe no telefone de casa com gravações de candidatos. “Além de distrair os motoristas, as bandeiras ficam muito próximas das esquinas.”

Em Santo André, os moradores reclamam de panfletos em caixas de correio e parabrisas dos carros, mas ponderam que em comparação com as últimas eleições, o volume diminuiu. “Está um pouco menor nas ruas, mas a caixa de correio da minha casa está sempre cheia”, reclama Marcos Amaral, 28.

Sidnei de Oliveira, 43, tem a mesma reclamação, mas reforça que o chão de sua garagem também recebe muitos ‘santinhos’ dos candidatos.

Na Praça Matriz, em São Bernardo, a população ainda acha que, mesmo tendo regras, os candidatos continuam sujando o município com suas campanhas. “Estão emporcalhando a cidade. Trabalham uma semana antes das eleições, mas não ouvem a população, aí eu tenho que ouvir os carros de som”, lamenta Paulo Kaoru, 70, que mudou a placa da caixa de cartas para caixa de lixo.

Em São Caetano, o Diário observou um maior volume de lixo eleitoral, principalmente nas casas e parabrisas dos carros. Na cidade também foi visto que os moradores usaram da criatividade e criaram tambores chamados de ‘lixo político’. “Comecei a usar o lixo político na eleição passada, a ideia surgiu pelo fato de chegar cansada do trabalho e ter que ficar recolhendo tudo, principalmente em dias de chuvas”, diz a moradora Ana Bahu, 50.

Quem não tem o ‘lixo político’ sofre com papéis no chão da garagem e caixas de correio e no carro, como acontece com Mariana Bernardes, 33. “Eles colocam nos parabrisas, muitas vezes chove e meu vidro fica todo manchado de tinta.”

Em Mauá, a incidência de bandeiras dos candidatos também é forte, principalmente na região central. “Temos menos papel nas ruas, porém, mais bandeiras”, diz Caique de Melo, 22.

Para Natany Muniz, 20, do bairro Jardim Silvia, em Mauá, nada mudou com relação à sujeira eleitoral se comparado a outros anos. “Eles veem que não cabe mais na caixa de correio e jogam no chão da garagem, jogam blocos de papel.”
 




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