Política Titulo Denúncia de servidora
Câmara de Mauá cogita escolher só efetivos em investigação contra Manoel Lopes

Para mesa diretora, tese daria isonomia à apuração de suposto assédio

Por Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
21/06/2016 | 07:00
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A mesa diretora da Câmara de Mauá cogita indicar apenas servidores efetivos para integrar comissão que analisará denúncia contra o vereador Manoel Lopes (DEM) de praticar assédio contra uma funcionária da Casa. A tese é a de que, sem comissionados, o grupo atuará com mais isonomia na investigação contra o oposicionista.

O presidente do Legislativo, Marcelo Oliveira (PT), decidirá hoje com os demais integrantes do comando da Casa sobre essa possibilidade, horas antes da sessão. Na terça-feira, o petista anunciou que iria reabrir o pedido de investigação contra Manoel, feito em 2013 e arquivado pelo então presidente da Câmara, Paulo Suares (PT). A sindicância interna seria composta por três servidores efetivos e dois comissionados, mas há quem acredite que a presença de servidores apadrinhados possa interferir no resultado da investigação. Se a comissão concluir que de fato houve a prática de assédio por parte de Manoel, o caso poderá culminar na abertura de processo de cassação do democrata por quebra de decoro.

Como a Câmara mauaense não possui Código de Ética, denúncias contra o vereador seguirão o regimento interno e, segundo Marcelo, por envolver uma servidora, o estatuto do funcionalismo público da cidade. “(A comissão interna) Não investigará o vereador. Vai averiguar o ato, a denúncia em si”, explicou o petista, ao negar ter cogitado indicar apenas concursados para as apurações. “Tem de ter os dois lados, até porque a menina (denunciante) é efetiva”, acrescentou.

O suposto assédio foi denunciado pela auxiliar de limpeza Raquel Paula de Miranda. O pedido para que o caso fosse desarquivado foi feito pelo vereador Luiz Alfredo dos Santos Simão (PTdoB), que teria responsabilizado Manoel por vazar informação de que sua entidade, a Associação dos Criadores de Pássaros de Mauá, é beneficiária irregular de área pública – o parlamentar nega retaliações.

Manoel nega as acusações. Na esfera criminal, o democrata foi absolvido em primeira instância – cabe recurso. 




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