Início
Clube
Banca
Colunista
Redes Sociais
DGABC

Terça-Feira, 16 de Abril de 2024

Memória
>
COLUNA
O centenário de Aron Feldman

Cineasta que viveu a maior parte da vida em Santo André começa a ser lembrado no Diário e na Casa da Palavra

Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
07/11/2019 | 07:00
Compartilhar notícia


Nascido no interior do Rio Grande do Sul, em data presumível de 8 de novembro de 1919, mas com registro no cartório de Quatro Irmãos em 15 de dezembro – Aron Feldman é o grande nome do cinema no Grande ABC – sozinho ele ombreia-se ao período áureo da Companhia Cinematográfica Vera Cruz.

Aron Feldman foi tecnicamente perfeito, mesmo tendo assistido a um primeiro filme quando tinha 16 anos e estava chegando a Bauru. Fotografou, produziu e filmou. Recebeu prêmios nas duas modalidades. Formou os filhos amantes da arte e da resistência social. De tal maneira que o filho Cláudio tem pronta na língua a resposta à indagação que sempre lhe é feita:

- Você escreve com o coração?

- Não, escrevo mais com os olhos, já que o cineasta vive do visual e do concreto.

Pois é este Cláudio Feldman o convidado da semana no programa “Memória na TV”. Autor de 56 livros, Cláudio é quem vende suas produções, num contato direto com o público. Ora nas portas do Teatro Municipal de Santo André, todo sábado no vão gigante do Masp. Seu mais novo livro, “No Oco da Madeira” (Editora Taturana, 2019), é deslumbrante.

Cláudio Feldman fala do pai e da obra do pai. Traz dois curtas-metragens ao programa e coloca conversa em dia. Uma das revelações: ele foi eleito, por unanimidade, para a Academia de Letras de Brasília. Toma posse em março.

CELEBRAÇÕES

Sábado, 8 de novembro – Evento na Casa da Palavra organizado por Diaulas Ulisses, da Escola Livre de Cinema e Vídeo, com a participação de alunos da EMIA Aron Feldman.

2020 – Mesa temática sobre Aron Feldman no 15º Congresso de História do Grande ABC.

CINEMA ALTERNATIVO

No programa “Memória na TV” são mostrados trechos dos filmes “Casqueiro”, de 1966, focalizando a repressão aos meninos que vendiam siri e caranguejo na Via Anchieta (premiado em Fortaleza, no Japão e exibido em universidades americanas) e “O Pacote”, de 1982, focalizando o desemprego no Brasil na época dos chamados “pacotes econômicos”.

ARON FELDMAN

Morreu, fisicamente, em 20 de junho de 1993, aos 74 anos, no mesmo ano em que a filha, a artista plástica Ida Feldman, realizou o documentário “Intimidade de Aron Feldman”. 

Por sinal, Ida é autora de uma biografia do pai, maravilhosa, que pode ser vista em “ida feldman tok stok".

Diário há 30 anos

Terça-feira, 7 de novembro de 1989 – ano 32, edição 7216

Manchete – Eleições presidenciais: Sarney quer Collor preso; Silvio Santos nega compra do partido, o PMB (Partido Municipalista Brasileiro).

Vestibular 90 (suplemento) – Ler, criar e estudar: verbos indispensáveis na prova de Português.

Educação – Delegada de Ensino de Santo André, Roberta Froncillo, cai por ordem do secretário estadual, Wagner Rossi.

Diadema – Cem funcionários invadiram a antesala do gabinete do prefeito de Diadema, José Augusto da Silva Ramos. Saíram após dez horas.

Em 7 de novembro de...

1919 – Julio Conceição defende uma lei geral de proteção aos animais no País. Ele era presidente da Sociedade Protetora dos Animais de Santos e São Vicente. Em carta ao deputado federal César Lacerda de Vergueiro, ele defende:

Impedir a destruição dos animais reconhecidamente úteis.

Destruir por todos os meios: onças, gatos do mato, cachorros do mato, lobos, ratos, jacarés e toda a casta de réptil, excetuando a cobra muçurana, inimiga das venenosas.

Impedir a destruição, em qualquer época, das aves de canto, ornamentais e insetívoras.

Importar e propagar todas as variedades de perdizes, pombos, faisões, patos, gansos, marrecos, avestruzes, aves ornamentais.

Permitir a destruição das aves de rapina, dos inimigos dos pomares, dos prejudiciais à lavoura.

Impedir a pesca fora das respectivas épocas.

Nota – É um longo arrazoado. Discutível? Sim. Mas, observem, vários daqueles itens são defendidos e usados normalmente nos dias atuais, o que é trágico.

1944 – Fambra (Fabril e Mercantil Brasileira) solicita alvará para construção de uma vila operária na Rua Margarida, em Santo André.

1959 – Avenida Walter Thomé é o novo nome da Rua 650, no bairro Olímpico, segundo requerimento aprovado pela Câmara Municipal de São Caetano.

Escrevia Hermano Pini Filho, correspondente do Estadão: “Falecido há dias, Walter Thomé era suplente de vereador pela UDN, denodado líder autonomista e figura bastante querida na cidade”.

Hoje

- Dia do Radialista, para lembrar o dia do nascimento do compositor, músico e radialista Ary Barroso.

Santos do dia

- Padre Augusto Ramirez Monastério. Franciscano. Vigário da Paróquia de São Francisco, em Antígua, Guatemala. Foi assassinado em 7 de novembro de 1983. Lutava pela libertação do povo e por justiça. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.