Cultura & Lazer Titulo
Shows discutem cafona e romântico
Por Daniella Grinbergas
Especial para o Diário
10/05/2005 | 11:50
Compartilhar notícia


O teatro do Sesc Ipiranga (r. Bom Pastor, 822. São Paulo. Tel.: 3340-2000) apresenta de terça-feira a domingo o projeto Romântico ou Cafona? que promove encontros inusitados entre Nando Reis, Wando e Wanderléia (terça-feira e quarta-feira, às 21h); Moska, Peninha e Rosana (quinta e sexta-feira, às 21h); Sidney Magal, Hyldon e Wander Wildner (sábado, às 21h e domingo, às 20h). No último dia, será realizado um debate (às 16h, gratuito) com músicos, produtores e jornalistas. A proposta é discutir os conceitos e preconceitos no cenário da música brasileira e o tratamento que a mídia dá à música romântica popular.

Esta é a segunda edição do projeto que no ano passado era intitulado de Popular ou Brega?. A idealizadora e produtora do projeto, Eliana Calheiros propõe a discussão do que é considerado brega e de quem o determina. “Para mim, música é uma questão de gosto pessoal. Buscamos discutir quem é que rotula, se é a mídia, se são as classes sociais. O que queremos mostrar é que todos os estilos devem ser respeitados”, afirma. A mesa-redonda terá Paulinho Moska, Wanderléia e Zé Rodrix, o produtor Manoel Barenbein, o crítico de música Mauro Ferreira e o jornalista e coordenador artístico do projeto, Carlos Calado, como mediador.

No palco, os artistas relembram sucessos românticos rotulados de cafonas pela mídia. Nando Reis canta Wando para mostrar que o que é chamado de música de bom gosto está ao lado do que se chama de brega. Hyldon, representante da soul music, já gravou ao lado de Wanderléia e Sidney Magal. Wander Wildner com Moska e Rosana confrontam músicas populares ou de elite.

“O que apresentamos é a música sem preconceito. O maior exemplo desta atitude é que quando Peninha começou a gravar, algumas de suas músicas eram consideradas bregas e cafonas, mas depois de regravadas por Caetano Veloso e Marisa Monte, passaram a ser definidas como boa música. O projeto quer discutir o preconceito que há por trás deste tratamento”, diz Eliana.



Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;