Política Titulo Sem retorno
Caixa frustra expectativa e adia resposta a Sto.André

Governo Grana aguarda retorno de Miriam Belchior em relação a recursos para construir ETA

Por Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
07/11/2015 | 07:00
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Andréa Iseki 7/3/14


A Caixa Econômica Federal, presidida por Miriam Belchior (PT), frustrou as expectativas do governo do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), e não deu retorno da decisão, conforme previsto internamente, sobre o financiamento para construção da ETA (Estação de Tratamento de Água) no bairro Recreio da Borda do Campo. O Paço aguarda aval ao empréstimo no valor de R$ 75 milhões, que necessita de crivo da Secretaria do Tesouro Nacional, ligada ao Ministério da Fazenda. Representantes da instituição financeira se reuniram ontem à tarde com técnicos da Pasta, só que ainda sem balanço final. “Houve o encontro, tivemos essa informação, mas ainda não recebi o resultado definitivo”, alegou Grana.

Com domicílio em território andreense, Miriam ficou de entrar em contato com Grana ontem para repassar o saldo da reunião. O prefeito admitiu ansiedade para resolver a situação. Isso porque o acordo está travado desde outubro do ano passado, quando o governo assinou convênio com a entidade federal. “Estou na expectativa da ligação da Miriam ainda neste fim de semana. Caso isso não aconteça, vou procurar saber o que houve na segunda-feira”, sustentou Grana. O Paço concretizou licitação em dezembro e contratou empresa para viabilizar o equipamento público, porém, sem o dinheiro, as obras não foram iniciadas na cidade.

A administração petista tenta emplacar o projeto para diminuir a dependência da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e, diante do impasse, espera que as regras estabelecidas pela secretaria antes da crise econômica não sejam alteradas. O Tesouro entra como fiador dos contratos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Com a instabilidade nas finanças, o órgão estuda modificar o sistema. “Esperamos que (a Pasta) mantenha as normas de quem já tem convênio assinado”, disse o chefe do Executivo.

O superintendente do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), Sebastião Ney Vaz Júnior (PT), reconheceu que a autarquia não tem condições de começar a erguer a unidade – a segunda do município, além do Guarará, visando aumentar a produção de água potável de 6% para 25% – sem o aporte da União, ao mencionar queda na arrecadação, que limita o poder de investimento. O dirigente adiantou, inclusive, que o atraso na liberação dos recursos vai influenciar no cronograma de entrega da estação, citando que não será possível cumprir o prazo, estipulado preliminarmente, na ocasião do contrato, de finalizar as intervenções até o fim de 2016.  




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