A Câmara de Diadema aprovou em primeira discussão o aumento proposto pelo prefeito Mário Reali de R$ 50 mil no repasse para a Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba de Diadema) organizar o Carnaval de 2011. Neste ano o valor foi de R$ 150 mil, insuficientes para promover desfiles competitivos entre as agremiações do município. As escolas se apresentaram sem compromisso com um campeonato, apenas simbólico.

O aumento só foi conquistado após reunião da Liesa com o Executivo. A proposta inicial era manter o repasse deste ano. "Fizemos a contraproposta deles nos darem os R$ 150 mil agora e os R$ 50 mil restantes no início do ano que vem", explicou Carlos Lima, presidente da entidade.

Mesmo com o acréscimo, Lima avalia que o valor não é satisfatório. "O ideal seria R$ 300 mil, mas mesmo assim vamos fazer um Carnaval competitivo", garantiu o presidente. Cada uma das seis escolas do Grupo I (uma pode não participar, pois não apresentou a documentação necessária), vão receber R$ 24,7 mil e cada um das quatro do Grupo II recebe R$ 17,7 mil.

O líder do governo, Orlando Vitoriano (PT), admitiu que o repasse está aquém do desejada pela Liesa e pela população. O argumento da administração para não turbinar o repasse é de que a saúde financeira da cidade ainda está debilitada pelos sequestros de receita referentes a precatórios ocorridos em 2009.

Gafe - O Executivo municipal cometeu uma gafe, segundo o líder do governo, na redação do projeto aprovado em 17 de outubro para o parcelamento da dívida com o Ipred (Instituto de Previdência do Servidor Municipal de Diadema) no valor de R$ 15,4 milhões em 60 meses. "Eles indicaram que a primeira parcela seria paga em janeiro de 2011, mas quando você aprova a lei tem de pagar a primeira em no máximo um mês", detalhou Orlando.

Por conta do erro, Reali encaminhou novamente o projeto de lei ao plenário para nova votação. A proposta foi aprovada em primeira discussão, ontem.

O montante se deve a contribuições patronais não repassadas pela administração entre março e junho deste ano e ao atraso de cinco anos no pagamento do aluguel do prédio onde hoje é o Centro de Atendimento da Prefeitura, mas que pertence ao Ipred.

A dívida também deriva do ressarcimento de aposentadorias e pensões pagas pelo instituto entre 2004 e 2007 e que não foram repassadas pela administração e pela Câmara, além dos juros e encargos ocorridos por conta do débito.

Fogo amigo - Os vereadores Laércio Soares (PCdoB) e Regina Gonçalves (PV) assinaram o projeto de lei que concede título de cidadão diademense ao ex-delegado de polícia Cosmo Stikovics Filho, por "respeito" a Pastor Edimilson da Cruz (PRB) e criticaram a banalização do mérito. Os parlamentares consideraram que o homengeado não tinha um curriculo de destaque. "Se for para votar por respeito, acho melhor que não votem", reclamou o Pastor Edimilson.