Os distúrbios no arquipélago de Tonga, no Pacífico Sul, deixaram seis mortos, cujos corpos foram encontrados nos escombros de edifícios destruídos.

Centenas de jovens, que exigem mais democracia no país, saquearam e incendiaram na quinta-feira carros e edifícios na capital, Nuku'alofa.

O comandante da polícia, Sinilau Kolokihakaufisi, disse que os oficiais encontraram os corpos no momento em que retiravam os escombros das empresas saqueadas.

Uma fonte de um hospital local afirmou que as vítimas com certeza eram jovens que participaram nos distúrbios, já que nenhum funcionário das empresas foi dado por desaparecido.

Nesta sexta-feira, a calma parecia reinar no país após uma reunião do governo, que aceitou que a escolha da maioria dos membros do Parlamento seja feita pela população nas eleições de 2008.

"Uma certa calma voltou ao centro de Nuku'alofa. A situação está controlada", declarou Lopeti Senituli, porta-voz do primeiro-ministro, Fred Sevele.

A partir de agora, 21 deputados de 30 serão eleitos pelo povo. No sistema atual, os parlamentares são escolhidos pelo rei e por um colegiado de nobres. Após a morte, aos 87 anos, do rei Taufa'ahau Tupu IV, em setembro, seu filho Siaosi Tupu V prometeu "mudanças apropriadas", mas descartou qualquer reforma profunda.

Austrália e Nova Zelândia ofereceram ajuda às autoridades de Tonga. O arquipélago tem 100 mil habitantes e fica ao nordeste da Nova Zelândia.