Aliado de primeira hora do governo do prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro, o vereador Fábio Soares (PV) afirmou que vai pedir votos tanto para o peemedebista quanto para o prefeiturável do seu partido, Osvaldo Ribeiro Filho, o Vadinho.

O parlamentar alegou haver possibilidade de apoiar duas candidaturas, mas reconheceu que ficou “entre a cruz e a espada” com a decisão do PV de, às vésperas do limite para o registro de candidaturas, lançar nome próprio à corrida pelo Palácio da Cerâmica. “Eu tenho um partido e preciso apoiar o candidato da legenda, senão sou punido por infidelidade partidária, mas também tenho uma gratidão pelo governo (Pinheiro), que abraçou meus projetos na Câmara”, explicou o parlamentar.

O PV fechou apoio ao projeto de reeleição de Pinheiro. Chegou, inclusive, a participar da convenção que homologou a candidatura de Pinheiro e do vereador Jorge Salgado (PTB), como postulante a vice-prefeito.

No dia 5, porém, os verdes realizaram novo ato partidário, oficializando o nome de Vadinho como candidato ao Paço e Fábio Rodrigues (PV) como vice. Segundo o agora prefeiturável, a saída do campo governista se deu por “falta de identificação”.

Fábio também refutou especulações de que, depois da decisão do PV de ter candidato próprio, desistiria da eleição temendo não ter fôlego eleitoral para se reeleger. “Sou candidato a vereador. Quem espalhou (desistência da candidatura) foram meus adversários querendo me prejudicar”, salientou. “Se (os eleitores) me disserem que vão votar no Paulo, eu vou apoiar. Agora, se falarem que vão votar em outro candidato, como o (ex-prefeito e candidato do PSDB, José) Auricchio (Júnior), eu indico o Vadinho”, discorreu Fábio, que guarda a sete chaves o seu voto. “Vou partir (o voto) no meio”, brincou.

O parlamentar foi eleito pelo PSD em 2012, mas no início do ano trocou a legenda pelo PV. Na ocasião, perdeu o comando da sigla para o ex-vice-prefeito Iliomar Darronqui, que colocou o partido no arco de alianças de Auricchio. Sua ida para o PV foi amarrada justamente pelo próprio governo Pinheiro.