Economia Titulo Judiciário
Greve da Justiça segue fraca na região
Por Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
03/06/2010 | 07:00
Compartilhar notícia


Poucos servidores da Justiça seguem em greve no Grande ABC. Apesar de os fóruns funcionarem normalmente, a redução de trabalhadores prejudica trabalhos nas cidades de Santo André, Mauá, e Diadema, onde algumas varas - como as cíveis - estão parcialmente paralisadas, com cerca de 20% do quadro apoiando o movimento grevista. São Bernardo é a cidade com maior problema: 40% dos funcionários aderiram a paralisação.

A maior reclamação dos advogados é de que os prazos não foram suspensos, o que significa que os profissionais podem perder ações por conta da demora nos atendimentos prestados. A Justiça Federal já suspendeu os prazos.

Ontem, após assembleia frente ao Palácio da Justiça, 1.500 servidores tomaram o espaço exigindo reunião com o presidente do TJ (Tribunal de Justiça). Por volta das 19h30, a Assetj (Associação dos Servidores do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo ) conseguiu o encontro. "O palácio esta ocupado. Começamos negociação com o presidente, com a participação de dois deputados estaduais. Só saímos daqui após encontro", afirmou Sylvio José Micelli Júnior , diretor de comunicação da entidade.

Entre as pautas do encontro estava a retirada de possíveis punições com perdas salariais para os servidores que deixaram os postos neste período. "A comissão está lá dentro e estamos aguardando a análise em relação às nossas pautas. O principal é que não haja a punição para os grevistas até o fim do julgamento do dissídio coletivo. Foi publicado hoje (ontem) comunicado que previa isso. Além disso, queremos a implantação de um órgão especial, uma comissão de funcionários para julgamento de reajustes e dissídios. Estamos aguardando, ainda não sabemos se teremos respostas hoje (ontem)", disse uma servidora de Mauá que preferiu não se identificar.

O movimento exige reposição das perdas salariais, que correspondem a 20,16%. Esse percentual teve como base a somatória da defasagem salarial desde 2009 - lembrando que a data-base da categoria é em 1º de março, e foi fixada em 2004. Até o fechamento desta edição não havia informações sobre o fim do encontro.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;